quinta-feira, 17 de junho de 2010

CRIA promove primeiro “Pipoca & Papo” do ano

No próximo dia 18 de junho (sexta-feira), o CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes promove o 1.º “Pipoca & Papo” de 2010. O evento começa às 17h30, no Espaço Conexão do Centro Cultural Solar Ferrão/IPAC, na Rua Gregrório de Mattos, Pelourinho. Para esta edição, foi escolhido como tema “Cultura literária na internet: o que dizem essas leituras?”, com a presença de dois “blogueiros”, os poetas James Martins e Cazzo Fontoura. O encontro é gratuito e aberto a todos os interessados.

O CRIA, através da Biblioteca Zeca de Magalhães, promove o “Pipoca & Papo” desde 2008. É uma oportunidade de aproximação dos jovens da obra de escritores, vivos ou não, a partir do ponto de vista de leitores ou estudiosos convidados. A conversa gira a partir da exposição da obra, vida e processos de criação destes convidados. Para o ano de 2010 estão previstas mais duas edições do “Pipoca & Papo”.

O projeto faz parte do ELE – Espaço de Linguagem e Expressão, dentro do projeto Biblioteca Viva: Formação CRIAtiva de Leitores, realizado pelo CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes, em parceria com o I.C.I – Instituto da Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia e o IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, apoiado pela CAIXA Econômica Federal. O objetivo do ELE é estimular os jovens para o desenvolvimento das linguagens oral e escrita, o gosto pela literatura e o acesso a bens culturais.

O ELE tem o apoio dos seguintes parceiros: AVON, MINC – Ponto de Cultura, Comissão Europeia, PPM – Pão para o Mundo, Instituto Winrock/OAK Foundation, Johnson & Johnson e CAIXA Econômica Federal.

Serviço:

O que: 1° “Pipoca e Papo” Quando: dia 18 de junho 2010, sexta-feria, das 17:30 às 19hs. Tema: “Cultura literária na Internet: o que dizem essas leituras?”

Onde: Espaço Conexão (no IPAC), Pelourinho; acesso pela Rua Gregório de Mattos, n° 45. O Espaço Conexão faz parte do Centro Cultural Solar Ferrão/IPAC e pode ser acessado pela Praça das Artes.

Convidados: James Martins e Cazzo Fontoura

Entrada franca

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tome uma atitude

A embaixadora da Boa Vontade pelo PNUMA criou mais uma campanha de preservação do planeta. A modelo internacional Gisele Bündchen lançou o site Tome uma Atitudepara incentivar as pessoas a agirem de maneira sustentável em seu dia a dia.

Ao acessar o site, os usuários podem conhecer diversas atitudes relacionadas à economia de água e luz, reciclagem, proteção de animais e redução de emissões. Cada internauta será convidado a montar uma lista de ações e a receberá por e-mail, como lembrete, junto com um agradecimento especial da própria Gisele.

A campanha também é um incentivo a mobilização comunitária. Apesar do esforço individual, maiores resultados são conseguidos quando há mais gente mobilizada. No site também dá para ter uma ideia do resultado coletivo de cada ação. Como desligar aparelhos eletrônicos em stand by, por exemplo, segundo o Tome uma Atitude, 12 pessoas engajadas consomem menos 240% de energia.

O site foi lançado no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e ficará no ar durante todo o ano de 2010.

Estudantes criam refrigerador sustentável movido a energia solar

Cerca de dois milhões de pessoas morrem ao redor do mundo todos os dias em decorrência de doenças que poderiam ser prevenidas com a aplicação de vacinas. Segundo dados da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, em locais como Ásia e África, metade de todas as vacinas que precisam de refrigeração estraga antes de serem ministradas, o que significa desperdício de bilhões de dólares e a perda de milhões de vidas.

Para resolver o problema, um grupo de professores e estudantes de engenharia e de design da universidade norte-americana criou um refrigerador móvel de baixo custo e fácil manutenção que funciona a partir da energia solar.

O equipamento poderá ser utilizado para armazenar as vacinas em locais remotos, onde não há energia elétrica, e onde o uso dos medicamentos é essencial para a saúde da comunidade.

O grupo de estudantes e professores faz parte da Appropriate Technology Collaborative (ATC), que deu nome à invenção, batizada de ATC Solar Vaccine Refrigerator. Para facilitar a fabricação e distribuição do equipamento, o grupo prezou por materiais simples na sua produção, como aço, carvão vegetal e etanol ou metanol.

refrigerador-02.jpg

Com isso, ele poderá ser produzido em qualquer lugar, o que o torna mais barato e acessível em larga escala. O produto acabado não possui peças móveis que precisem de manutenção e não utiliza nenhum tipo de energia elétrica.

“Existem apenas algumas partes conectadas por uma tubulação”, informa John Barrie, um dos membros da equipe. “Uma caixa de aço preenchido com carvão ativado, uma série de tubos com alertas de arrefecimento e um recipiente de etanol. Não existem válvulas no sistema”, completa. “O usuário só precisa colocá-lo no sol e esperar que resfrie”, completa.

O projeto começou em 1997 e já passou por diversos aprimoramentos. Em 2008, um grupo de estudantes passou duas semanas em um vilarejo de Guatemala, onde construíram um protótipo do refrigerador.

Em 2010, o projeto foi selecionado e está concorrendo ao prêmio Tech Briefs Create The Future, promovido pela NASA, que busca estimular inovações da área de engenharia e design.
Fonte; Ecodesenvolvimento

Erguido um hotel com 12 mil quilos de lixo em Roma

Com a crescente poluição das atrações turísticas naturais, é fácil encontrar lixo nas praias, florestas e cachoeiras mais movimentadas. Para alertar o turista europeu para os cuidados com os pontos visitados foi erguido um hotel com 12 mil quilos de lixo em Roma.

O Save The Beach Hotel não é bonito, mas nada feito de sujeira é. O design é do artista alemão H.A. Shult, que o desenhou para a campanha ambiental do grupo Save The Beach.

Shult, em entrevista à BBC, explicou a ideia central da campanha: “ele é feito de lixo porque em todo lugar que vamos no mundo há lixo. Nós vivemos em um momento de poluição do planeta, mas não nos damos conta que ele nos pertence por pouco tempo”.

O hotel não é feito apenas de lixo, para fazer estrutura e paredes foi utilizado um material préfabricado. Além disso, não dá para reservar hospedagem nem na alta estação, já que a construção é temporária. A campanha tem o objetivo de chocar os turistas com a quantidade de resíduo retirado das praias da cidade.
Fonte; Ecodesenvolvimento

Nada para durar

Hoje em dia nada é feito para durar: nem as relações, nem os eletrodomésticos, nem as construções… nada dura. Nem mesmo este texto. Capela Evora - para blog

Antigamente, as pessoas se casavam e compravam uma casa para a vida toda. Os móveis, os eletrodomésticos, o enxoval… e até o marido eram escolhidos na expectativa de durarem para “sempre”!

A geladeira da casa da minha avó continua funcionando – e eu a acho o máximo. Minha avó já passou desta pra melhor e a tal geladeira continua lá, firme. Hoje em dia, você compra uma TV sabendo que 5 anos depois ela já não estará mais funcionando bem. Isso sem falar da evolução tecnológica, que talvez seja a grande vilã desta queda da qualidade dos produtos – pra que durar tanto se tudo fica tão rapidamente obsoleto?

Hoje em dia nada é feito para durar. Nem mesmo as relações, que se iniciam e se rompem numa tal velocidade que não conseguimos sequer acompanhar as histórias afetivas. A gente fica com medo de chamar os companheiros dos amigos pelos seus nomes, pois não dá tempo de memorizá-los. E acabamos apelando para o “Oi, querido…!”, fórmula ótima para não cometer gafes.

E aí, o que acontece? Fica tudo tão não-durável, tão “perecível” que as pessoas entram numa onda de que ELAS têm que durar. É uma tal mania de juventude, uma preocupação excessiva com o corpo, com a alimentação saudável, uma explosão de plásticas e cosméticos para atrasar ou camuflar o envelhecimento… como hoje em dia nada é feito para durar, as pessoas pensam que elas, ao menos, têm que ser mais duradouras. Ledo engano.

“Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. (Frase da entrada da Capela de Ossos em Évora – Portugal)

Fonte; Balzaquianos

Despedida de solteiro

Desconfio que o namoro possua significado diferente aos olhos balzaquianos. Ele tornou-se um quase-casamento. Não faz muito tempo que o namoro era uma fase de conhecimento, um test-drive, e o nível de compromisso era menos intenso. As pessoas eram mais flexíveis e possuir várias namoradas não exigia pós-doutorado em administração de complexidades. Tal variedade de namoradas era inclusive incentivada pelos pais. Meu pai, por exemplo, casou-se aos 40 anos e seu conselho era: – Filho, tenhas várias namoradas antes do casamento, mesmo que apenas sequenciais.

Tal compromisso com o namoro deve ter origem na variedade de configurações pré- e pós-casamento dos tempos atuais. Casais se divorciam ou cultivam relacionamentos extra-conjugais com acentuada frequencia. Tanto pais quanto mães solteiras são cada vez mais comuns na sociedade balzaquiana brasileira. O período pré-namoro é também prenhe de novas configurações. Relacionamentos aleatórios, encontros de uma única noite e o Carnaval de Salvador contribuem para a aumentar a diversidade de encontros e desencontros. Diante dessa diversidade de configurações pré- e pós-casamento, o namoro ganhou ares matrimoniais.

O pedido de namoro balzaquiano é qual pedido de casamento. O namoro passou a envolver uma fidelidade irrestrita, uma enormidade de regras conjugais comparáveis ao matrimônio e, em alguns casos, até compartilhamento de moradia. Pedir em namoro é algo que instiga medo em nós pobres mortais pós-30. Esteja preparado para ajoelhar-se e comprar aquele belo anel. Recitar sem hesitação aquele poema romântico ou tocar no violão aquela música infalível com voz de veludo, após um belo jantar (preparado por você) regado a um bom vinho de safra excepcional.

Meu avô conseguia gerenciar confortavelmente várias namoradas em variadas bases geográficas. Dr. Antônio, viúvo, 40 anos, morava em Salvador, possuía um quarto e sala no Rio de Janeiro em plena década de 50, e várias belas namoradas. Hoje, tal façanha é praticamente impossível. Telefone celular, correio eletrônico, Twitter, Orkut, Facebook, MSN, Skype, iPhone 4 (com uma famigerada câmera dupla que permite chamada de vídeo) e afins, minam nossa capacidade de gerenciar namoros. Todos sabem dos nossos passos, das nossas fotos e amigos mais recentes, do nosso novo creme de barbear e da cor de nossas roupas íntimas.

Não que eu esteja a pregar a infidelidade durante o namoro em pleno Dia dos Namorados. Não me entendam mal. Por favor, não me crucifiquem. Acredito apenas que o namoro não deva ser um casamento. Contudo, caso esse seja um estorvo mandatário aos balzaquianos, ao menos, merecemos uma intensa despedida de solteiro!


Para ler mais, acesse: www.Balzaquianos.com

Jovens com a corda no pescoço

Há poucos dias li uma matéria sobre um tema bastante grave e que tinha a seguinte manchete: cresce o número de jovens e de maiores de 50 anos com restrições de crédito ou com endividamento.

Há cinco anos um pesquisa no Reino Unido já dava conta da enorme quantidade de jovens estudantes com dívidas em cartões de crédito que chegavam a mais de 30 mil dólares (cerca de 60 mil reais).

Uma pessoa começando a vida.

E começando envidividada.

E a dívida diz respeito à aquisição tão somente de bens de consumo e farras. Não foi contraída para a compra de um imóvel ou de um investimento econômico.

E aqui no Brasil os jovens vão consumindo: celulares, festas, abadás, viagens, relógios, roupas, tênis etc.

E dívida com operadoras de cartões de crédito, bancos ou financeiras, com o perdão do jargão repetido: são verdadeiras bolas de neve! Uma avalanche, eu diria!

Há outro fator ainda para esse endividamento dos jovens brasileiros que não ocorre com os britânicos: faculdade.

Dizem que o “mercado exige um diploma” e como em cada esquina tem uma faculdade, e muitas empresas contratam estagiários e não mais empregados, uma enorme parcela de nossa população correu para os cursos de nível superior (expressão questionável, dado o nível da maioria das escolas de terceiro grau, mas isso é outra estória). E muitos que entraram não tinham condição alguma de pagar. Resultado: contratos de financimento, inadimplência e FIES (ou EDF - Empurrando a Dívida para Frente).

Daí que nossos jovens vivem “argolados” e sem perspectivas de sanar essas dívidas em curto ou médio prazo, salvo raríssimas exceções.

Quanto aos maiores de 50 anos, alguns fatores podem explicar esse crescente endividamento:

- ajudar os seus filhos e netos a pagar suas próprias dívidas,

- dificuldade em obter novas colocações no mercado de trabalho,

- em alguns casos, desorganização econômica, em outras palavras: não se preocupou com o futuro (não poupou),

- excesso de financimentos.

Como sempre escrevo aqui: cuidado com financiamentos, crédito fácil e parcelamentos. Economize e compre à vista. Contenha o impulso de consumir. Antes de comprar pense se está no momento de fazer aquela aquisição.

Para os consumidores compulsivos e mesmo para os mais comedidos, mas que adoram parcelar, anotem: os juros estão subindo! Um produto financiado pode custar até 50% a menos se adquirido à vista.

Fonte; Blog do Consumidor

boa noticia para quem viaja

Entrou em vigor no dia de Santo Antônio (13/06) a Resolução 141 da A Agência Nacional da Aviação Civil - ANAC. A norma buscou um equilíbrio maior na relação companhias aéreas e consumidores, exatamente como deve ser o papel de uma agência reguladora.

Na resolução temos algums mudanças relevantes quando do atraso ou cancelamento de voos. Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica somente após 4 horas de espera a Cia. Aérea era obrigada a prestar auxílio ao consumidor, pela Resolução 141/10 depois de uma hora o consumidor terá direito a apoio para utilizar meios de comunicação, duas horas depois, alimentação e com quatro horas atraso o cliente já fará jus a acomodação em hotel.

O endosso de passagem poderá se dar para qualquer Cia. Aérea, ainda que as empresas não possuam convênio entre si para esta relação.

A íntegra da norma está aqui: http://www.anac.gov.br/biblioteca/resolucao/2010/RA2010-0141.pdf
Fonte; Blog do Consumidor

O Globo testa tablóide

O pessoal da direção do JORNAL DO BRASIL viveu uma agitação especial na semana passada com o exame minucioso de um exemplar em formato tablóide de O GLOBO. Era uma edição experimental, distribuída a um grupo selecionado de assinantes, aparentemente um teste para medir a reação do público a uma mudança de formato. O próprio JB também é hoje um tablóide, mas a circulação posterior não permite uma comparação adequada. Após cortes de pessoal e outras medidas equivocadas, nenhum analista sério poderia dizer se o novo formato agravou ou vem suavizando a trajetória de decadência do jornal. O DIA, que já foi o mais vendido no País, buscando reverter mais uma significativa queda de circulação no ano passado, desde a edição de 20/03, busca recuperar-se como tablóide. Os primeiros números não são animadores, mas ainda é cedo para uma avaliação sobre o acerto ou não da mudança.. O diretor de redação de O GLOBO, Rodolfo Fernandes, desmentiu formalmente à reportagem de Comunique-se a hipótese de que a edição experimental tenha sido um teste para eventual mudança de formato do jornal: “O GLOBO está permanentemente analisando as tendências de mercado, em fóruns permanentes, como a WAN (World Association of Newspapers), ou em troca de informações com as principais publicações no exterior. Portanto, jamais adotaria o formato tablóide, identificado no mundo inteiro com um segmento de mercado diferente do que ele atua.” A afirmação de Fernandes sobre a identificação do formato tablóide com um segmento diferente de O GLOBO foi verdadeira até algum tempo atrás. Mas hoje vários jornais dirigidos ao público mais qualificado, como os britânicos The Times e The Independent, já se tornaram tablóides. E, no Rio Grande do Sul, um tablóide – ZERO HORA – está no time nos jornais classe A desde seu lançamento e é o jornal proporcionalmente mais lido do País, se a circulação for comparada com o mercado atingido. Mas, como Fernandes foi peremptório no desmentido, restam duas explicações para as edições experimentais (há informações seguras sobre outras, que circularam apenas internamente, sob a designação genérica de “testes de máquina). Também há quem afirme que a direção da empresa está preocupada com os fracos resultados do DIÁRIO DE S. PAULO e os testes fariam parte de preparativos para a mudança de formato da fracassada – pelo menos até agora – tentativa da Infoglobo de botar um pezinho em território paulista. Ou (aqui acrescento um simples palpite) não se pode esquecer que o formato tablóide poderia ser uma boa proposta para guindar a circulação do EXTRA ao primeiro lugar em circulação no Brasil.
Fonte; Comunique-se

mais um vira tabloide

No próximo dia 15, O DIA, até a década de 50 o jornal de maior circulação no Rio, estará nas ruas de roupa nova: para economizar custos (principalmente papel), adotará o formato tablóide, com o mesmo preço (recentemente aumentado) de R,20. Seu companheiro mais popular – MEIA HORA – continuará a 60 centavos. Para enfrentar o sucesso do EXTRA, que procurava “roubar” seu público, O DIA buscou a estratégia de melhorar o nível do jornal e, ao mesmo tempo, lançar o MEIA HORA para enfrentar o EXTRA. MEIA HORA é um sucesso – está hoje entre os cinco ou seis jornais mais vendidos no Brasil. Mas O DIA iniciou um mergulho, não conseguindo sequer incomodar O GLOBO “em cima” e, ao mesmo tempo, ser canibalizado “em baixo” pelo MEIA HORA, além do EXTRA. Com formato tablóide mas diferente do MEIA HORA (que é quase quadrado, 32×28cm, exatamente metade de O DIA, e em projeto gráfico de André Hippert, O DIA joga o que poderá ser sua última carta pela sobrevivência. As dificuldades da empresa vêm se acumulando há mais de um ano com a crise global, a queda da receita publicitária e também da circulação. Mas vamos torcer pelo sucesso do novo tablóide e os muitos empregos que ele representa.
Fonte; Comunique-se

outra crônica

Outra crônica postada, agora dede Zé de Jesus Barrêto:

Umas considerações sobre cadáveres e retrovisores

Uma semana depois do assassinato (pra muitos, execução) do delegado Clayton Leão na estrada da Cascalheira, em Camaçari, e precisamente no dia em que alguns rapazes, bem trajados e bem armados, assaltaram no começo da tarde uma das maiores churrascarias da cidade, na orla e cheia de fregueses, o secretário de Segurança do Estado assinou um artigo na página de Opinião do jornal A Tarde ‘tirando o corpo e soltando chumbo’.

Desculpe-me a autoridade, mas a essa altura do descalabro na área da segurança pública baiana, jogar a culpa da escalada estúpida da violência nos últimos anos à manjada ‘herança maldita’... Francamente! Apontar como ações pontuais do governo a contratação de policiais, a aquisição de armamentos e veículos... Francamente!
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Pessoal, acorda! O tempo de Raimundão Ravengar na área do Retiro foi de banditismo ‘romântico’, robinhoodiano. Hoje é máfia, a brutalidade fria e sofisticada. O crime vai se entranhando, está nos guetos pobres e nos salões engravatados. Quer poder, dinheiro, a qualquer custo. Além das drogas, das leis, das fronteiras. O criminoso de hoje não é um marginal, é um antenado, tem Ipod, usa Twitter, está inserido na tecnologia, globalizado.
Ora, ainda temos delegacias com máquina de escrever, BOs datilografados, pneus carecas, fichários encardidos, justiça emperrada. As causas, diagnósticos... sabemos. Uma delas é a política eleitoreira , de ontem e de hoje. O que se espera do governo são estratégias, foco, sabedoria, justiça, projetos e atitude... fortaleza! O crime é organizado, já os poderes...
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Ora, se o denodo canino com que esse pessoal se defende (e a seus cargos) e ao mesmo tempo ataca, acusa os adversários de palanque, se essa energia fosse canalizada em busca de soluções para os conflitos ou para executar as ações administrativas que lhes competem, ah, teríamos alguma esperança de dias melhores.
O governador Jaques Wagner, quando tomou posse, jurou que não governaria com olhos no retrovisor. Mas seu pessoal insiste em exumar o carlismo. Tem gente, governador, que segue olhando pelo vidro traseiro, como se andasse de ré. Atropelando cadáveres. Alguns não perceberam a estrada do novo milênio... ainda.
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Copa da África
Estamos a seis dias do começo da Copa do Mundo africana. Tá chegando a hora do grande espetáculo da bola no planeta Terra. As cidades brasileiras já se enfeitam de verde-amarelo, as cores desse São João, com bandeiras, bandeirolas, pinturas, camisas, vuvuzelas... No clima! Claro, a torcida é pelo Brasil, em busca do hexa. As esperanças, todas, em Kaká, Robinho, Luis Fabiano, no goleirão Júlio Cesar, na boa defesa e... na camisa de um time pentacampeão, que pesa, que intimida o adversário, sim.
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Entendo como favoritos, além do Brasil, as históricas Alemanha e Itália, sempre fortes. Mas a Espanha tem um belo time, pode surpreender; los hermanos argentinos confiam nos seus astros (Messi, Veron e companhia) e a Inglaterra evoluiu muito. Tem ainda o Portugal de Cristiano Ronaldo, Deco e Liédson e a França, que ultimamente vem marcando presença. No mais, o que der é ‘zebra’. Mas, como a copa será na África, lá a zebra pasta e corre livre!
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O futebol é um esporte fantástico. A bola que rola no chão iguala todos. Não importa idade, tamanho... Pelé tornou-se rei aos 17 anos. Os maiores jogadores da história tinham (têm) menos de 1m70 : Pelé, Garrincha, Maradona, Zico, Tostão, Sanfellipo, Puskas, Di Stéfano, Messi... Diante da bola todos ficam do mesmo tamanho. Conta a habilidade, a inteligência, a agilidade, a técnica, o jeito de tratar a pelota. Isso faz a diferença.
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Quero é bola rolando, ver espetáculo, arte!
Quero é GOOOOL!

Que vontade de uma crônica

Faz tempo que eu não escrevo uma cvônica mas hoje eu li uma do colega Jolivaldo Freitas, que posto aqui:

As baianas (do acarajé) paulistanas
Já pensando o quê? Lá não é como aqui, não! Tem não esse negócio de “olá baiana, bote aí pra mim com bastante pimenta, com vatapá e camarão”. Tem não. O paulistano, mesmo quando ele é raciado com baiano por avó ou avô nascido tempos idos e migrado, tem a maior má vontade para com o baiano. Quem trampou por lá uns tempos viu como todos tratam o baiano. Para eles, qualquer nordestino é “paraíba” e se o Zé Mané reage vira mais motivo de chacota e pirraça.

Lá não tem disso não, de deixar correr solto as coisas nas ruas, os camelôs e os vendedores ambulantes. Pessoal que vende cachorro-quente tem de ter licença. Oferece churrasco grego ou pastel tem de estar municiado de documentos. Quem vende bugigangas a mesma coisa, e não podia ser diferente com as baianas que fugiram da concorrência difícil de Salvador para tentar o eldorado.

Alguns itens do costume baiano, em se tratando de vendedoras de acarajé, abará, punheta, cocadas e afins (“No tabuleiro da baiana tem”) por lá são considerados fora do tom. Por mais que as autoridades sanitárias soteropolitanas tentem (e olha que elas não tentam muito não) e as entidades de classe delas, as baianas se esforcem para dar treinamento, qualificação e discernimento (também não há um esforço tão grande assim não, é bom que se diga), quem tem a mania, hábito ou vício de degustar um bolinho de feijão fradinho passado na máquina (coisa de antigamente e na verdade não se faz mais, comprando tudo pronto na Feira de São Joaquim, já que as herdeiras das baianas famosas ficaram preguiçosas) e fritado no dendê (não mais na flor do dendê, que ficou caro e difícil de achar) e muito menos com água-de-cheiro, sabe que está correndo risco.

Basta ver que a absoluta maioria não usa luva. Boa parte de quem usa luva é para proteger a mão, pois com a luva fazem tudo que não devem, desde coçar as partes pudendas a assoar o nariz. Além de pegar qualquer coisa que caia no chão e não se troca a luva. Com isso – já que ninguém faz a pesquisa, nem a Vigilância Sanitária e muito menos outros órgãos afetos à saúde do consumidor – o que comemos quando compramos um abará, por exemplo, é a exata mistura de Vitamilho com feijão fradinho, sal, cebola, coentro e coliformes fecais.

Quem quiser que me venha dizer que está comendo o produto com todos os itens de segurança no fazer. Já visitei casa de baiana famosa onde mais de dez ajudantes faziam a massa em cima de uma pia imunda. Já vi acumulado junto ao galinheiro do quintal as folhas de bananeiras que seguram a massa do abará no cozimento. Já apreciei de perto baiana arrancando a cabeça do camarão, colocando na boca e com a mesma mão pegar outros condimentos e enrolar tudo. Mas o que invoca mesmo é a cocadinha.

Na Barra, perto da Marques de Leão, havia uma baiana que a princípio era preciso coragem de enfrentar os seus quitutes. Ela suava e passava o dedo na testa, para retirar as gotículas e limpava a mão na saia rendada, nada impecável. Suas unhas eram imensas e de vez em quando ela passava a ponta da faca por baixo para retirar o acúmulo de massa. Mesmo assim, às cinco da tarde havia uma fila imensa. O acarajé cheirava de longe e devia ser pelo “aditivo”.

Agora as baianas que foram para São Paulo vender seus bocados queixam-se que estão sendo escorraçados das ruas pela Secretaria de Saúde e pelos rapa. Argumentam que o acarajé é patrimônio da humanidade e não apenas dos baianos e que merece respeito. Acontece que o patrimônio precisa ser respeitado por todos. Me diga aí, meu rei, quando foi que você soube ou viu aferição de qualidade de acarajé e abará na Bahia? Minha vizinha, que é viciada em acarajé, diz que não receia, pois a pimenta malagueta mata os micróbios. Tomara.

A violência e a política

Ninguém pode negar que os numeros sobre violência aumentaram muito no Estado nesses ultimos anos. Nem adianta deixr de soltar números oficiais, governador Wagner, tem que existir programas de combate e projetos sociais, senão a vaca vai para o brejo. leia esse artigo de Tasso Franco sobre o tema:

O governador Jaques Wagner diz que não vai politizar o tema da crescente onda de violência na Bahia, com destaque nacional diante do assassinato do delegado Clayton Leão, da 18ª de Camaçari, e apresentou uma tese esdrúxula, até desaconselhável a um chefe de executivo dando conta de que, se soubesse como combater o crime de forma eficiente seria milionário. De pronto, recebeu em troca, uma crítica ferina do senador César Borges (PR), quase seu aliado no plano local, e agregado ao projeto Lula/Dilma no âmbito nacional, o epíteto de Pôncio Pilatos. Aquele que lavou às mãos diante do povo à sua porta pedindo a execução de Jesus.

Em tese, o governador não tem poderes para brecar a politização da violência e da sequência de crimes que acontecem na Bahia porque os temas se impõem por exigência da sociedade. E, no momento, o tema em foco, como prioridade 1 é a segurança pública. O governador inclusive sabe disso porque pesquisas de avaliações internas do seu governo feitas pela Campus, e antes pela Vox, apontam nessa direção. Então, ainda que não deseje politizar essa questão, porque no momento é desfavorável ao seu desempenho governamental, vai ter que encarrar o problema.

E, o que é mais sintomático: terá que fazê-lo em duas frentes. A primeira no circuito da gestão. Tentar, ainda, até que a campanha eleitoral propriamente dita comece, a partir de 6 de julho, e com mais intensidade depois de 17 de agosto, melhorar o desempenho da Segurança Pública, se municiar de informações desse setor, analisar dados, convocar os poderes Judiciário e Legislativo, enfim, reduzir os níveis de tensões em que vive a população. Se conseguir pelo menos minimizar esse ambiente carregado que se disseminou pelo estado representa um ganho substancial.

A segunda frente será política. Não tem jeito. Ainda que o governador não queira será forçado a debater o assunto porque seus adversários, hoje, já priorizam essa bandeira, imagine-se o que acontecerá durante a campanha. E reze o governador para que não ocorram fatos, mais adiante, que chamem a atenção nacional porque aí será fatal para suas pretensões políticas. O melhor, portanto, é se organizar nessa direção, estabelecer comparativos, acercar-se de uma "troque de choque" parlamentar, pois, vem chumbo grosso à caminho e não é pouco.

Veja que, no crime do delegado Clayton, se a imprensa não procurasse alguns parlamentares da base do governo, não teria saído uma linha em defesa do governador. Entre os sindicatos, apenas o Sindilimp, emitiu uma nota de apoio à Polícia. Espontaneamente, nenhum deputado saiu em defesa do governo, nem na Assembleia; nem na Câmara. Até mesmo os candidatos ao Senado, Lídice da Mata, e Walter Pinheiro, nada falaram. E, na equipe de governo, no ambiente dos direitos humanos, zero. Enquanto isso, do outro lado, um bombardeio. Artilharia pesada e que fez um estrago enorme na imagem governamental.

Há de se dizer que a imprensa colaborou nessa direção. Evidente. A midia trabalha, preferencialmente, com a cultura do mal. Isso inclusive faz parte do viver nacional. Mas, ela só avança nesse direção se existirem fatos. Brizola se queixava demais da Rede Globo e a exposição da "guerra" nos morros do Rio de Janeiro. A manutenção do noticiário nessa direção, nos dias atuais, é tão itensa quando na época brizolista porque o problema continua e se agrava. A Bahia, hoje, vive esse drama. Sua vitrine está trincada e ganha espaços porque faltam ações competentes para conter a violência.

Aqui do meu palanque, sem votos, convocaria até a oposição para um pacto. E todos os setores da sociedade. Sem isso, só a proteção divina.

Wagner inaugura; oposição critica

Excelente artigo do jornalista Tasso Franco:

Adotado como contra-ponto às investidas e críticas da oposição, os estrategistas do governo e da campanha de reeleição do governador Wagner argúem que, enquanto os candidatos adversários só fazem revelar problemas administrativos sem apontar soluções, o chefe do Executivo segue sua trilha de inaugurações pelo interior. Já cunharam até um mote: Wagner inaugura; oposição critica. Tem sentido. Aliás, relação dupla porque o papel da oposição, sem caneta e sem poder, é criticar. E a missão do governador é mostrar serviço.

Wagner esteve nessa posição de estilingue, em 2006, e sabe o que isso representa. Desde 2007, quando assumiu o governo prometendo mudanças difundidas durante a campanha, passou a ser vidraça. É natural, portanto, que seja criticado. A hora, aliás, é esta, passados três anos e cinco meses do seu governo quando se tem uma idéia mais precisa do que realizou ou deixou a desejar. É aí que entra a oposição para avivar junto à opinião pública a qualidade de sua gestão.

Também têm valor as viagens que faz ao interior com freqüência. Disse em seu recente "Conversa com o Governador": "Toda semana eu continuo visitando muito o interior do estado. São muitas obras a serem entregues. Outras a serem anunciadas ou ordem de serviço a ser dada". Na semana passada esteve em Aramari, Wagner, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre e Várzea da Roça entregando estradas recuperadas, veículos para PM e Unidades de Saúde.

A oposição destaca que, às vezes, são obras tão irrelevantes que sequer compensa o custo da viagem do governador. E, situações em duplicidade. Prefeitos que já tinham sido contemplados com ambulâncias e veículos da PM nas solenidades do Centro Administrativo, em Salvador, são novamente presenteados nas visitas de Wagner ao interior. O governo entende que toda obra é relevante, ainda que seja um poço artesiano ou uma ligação Água Para Todos num distrito. A galinha enche o papo é assim: de grão em grão.

Falta ao governo, segundo seus adversários, grandeza e visão de estado. O ex-ministro Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB, diz que a Bahia perdeu a condição de protagonista no Nordeste, posto assumido pelo Ceará e Pernambuco. Isso tanto do ponto de vista político, como de empreendimentos, investimentos públicos e privados. O ex-governador Paulo Souto, candidato do DEM, tem posição assemelhada. Acha que a Bahia, mesmo nas questões básicas - saúde, segurança e educação - perdeu o bonde da história. E no cenário nacional se apagou.

Wagner não vê assim. Atua na organização de projetos estruturantes e de grande porte (Ferrovia Oeste/Leste; Ponte de Itaparica com remodelagem de áreas da capital e Recôncavo; requalificação dos portos e infra-estrutura; nova dinâmica no Complexo Petroquímico de Camaçari e outros) que demandam tempo e não são executados a curto e médio prazos. A eleição é em outubro próximo e essa é uma missão importante para os homens de marketing político repassarem e convencerem à opinião pública.

Hoje, a assessoria política de Wagner fica a desejar. É mais lenta do que as de Soutto, Geddel e Bassuma. Aliás, sequer existe. Também lhe falta uma "tropa de choque" para o embate. O PT se desgasta com disputas internas. Perde tempo. E o governador, está sozinho no front.
Fonte; Noticias da Bahia

Omissão da mídia ajuda os ladrões do dinheiro público

por Chico Bruno

No dia 27 de maio entrou em vigor a Lei 131/2009, mais conhecida como Lei da Transparência, mas também chamada de Lei Capiberibe, em homenagem ao seu autor, que mantém um sítio na internet para dirimir dúvidas sobre à auto-aplicação da referida lei.

Capiberibe está entrincheirado no twitter cobrando a aplicação da Lei 131 a partir do próximo dia 28 nos municípios com mais de cem mil habitantes.

Vale lembrar, que essas cidades tiveram um ano de prazo para se adaptar a novidade.

Infelizmente a mídia tem dado pouco espaço a essa nova arma de combate a ladroagem que infecta o poder público do país.

Uma ladroagem instalada principalmente nas obras de infraestrutura, na saúde e na educação.

O descaso com a Lei 131 é tão grande na mídia, que durante o Painel RBS com os três principais candidatos a presidência da República, nenhum dos jornalistas que argüiram Serra, Dilma ou Marina tocaram no assunto.

Aliás, os três, também, não se dignam a responder sobre a lei 131 quando instados pelo twitter.

O descaso da mídia é intrigante, pois bradou diariamente pela aprovação da Lei Ficha Limpa, mas se omite em relação à Lei 131, que irá combater para que não existam fichas-sujas no poder público do país.

Será que a mídia, ainda, não entendeu que a Lei 131 abre a execução orçamentária em tempo real sem senhas e que isso vai permitir a qualquer cidadão acompanhar o dia a dia das contas públicas.

Vale lembrar mais uma vez, que a Lei 131 obriga o gestor público a publicar na internet em tempo real a ordem de serviço das compras e serviços que serão contratados.

A Lei 131, dessa forma, possibilita que uma compra ou serviço seja interrompido antes de sua execução.

Ao que parece, será preciso que se desenhe, para que a mídia entenda que a Lei 131 é a ação mais eficaz contra a ladroagem já produzida até hoje no país.

Os maus gestores públicos estão achando ótimo o desinteresse da mídia, pois assim não são cobrados para que implantem a Lei no prazo estipulado.

Esses maus gestores não perdem por esperar, pois seus adversários estão prontos para argüir no Ministério Público o descumprimento da Lei 131 e a União, pelas declarações da CGU, vai reter os repasses federais das cidades que descumprirem a Lei.

Pelo menos, isso!
Fonte; Noticias da Bahia

Bahia avança no combate à pobreza e é destaque nacional

Bahia avança no combate à pobreza e é destaque nacional A Bahia fechou 2009 com bons resultados na área de inclusão social, graças às políticas públicas tocadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). “Conseguimos avanços que serão uma nova página na história da Bahia. Hoje somos o estado que mais combate a pobreza no Brasil”, afirmou a secretária Arany Santana.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de pobreza na Bahia passou de 49,5%, em 2006, para 44,3%, em 2009, o que representa uma redução de 5,2 pontos percentuais. A secretária destacou que esta conquista está relacionada aos resultados dos programas de inclusão social e às políticas de segurança alimentar e nutricional.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE/2004) mostrou que 50,2% dos baianos corriam o risco de não ter pelo menos três refeições diárias e 1,7 milhão de pessoas tinham a possibilidade de passar fome diariamente. Além disso, mais de 1,4 milhão de famílias, ou seja, metade da população baiana, precisavam do Bolsa Família para sobreviver.
Entretanto, desde 2007, 140 mil famílias pobres foram incluídas no programa federal. Com um trabalho reconhecido nacionalmente, inclusive premiado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Bahia conseguiu avançar 62,7% no acompanhamento do Bolsa Família referente à saúde e 15% no acompanhamento sobre a educação. Isso significa a garantia de mais crianças vacinadas, gestantes fazendo pré-natal e mais crianças na escola.
Para combater o grau de insegurança alimentar alarmante no estado, o governador Jaques Wagner aprovou a Lei Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo texto foi redigido pela Sedes, juntamente com a sociedade civil. A medida exige alimento em quantidade e qualidade suficientes para a população e obriga o governo a executar ações de fortalecimento da agricultura familiar, reforma agrária e demarcação de terras, a dar acesso à água de qualidade, alimentação escolar saudável, além de geração de trabalho e renda para as comunidades mais pobres.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Francisco Menezes, a Bahia vem sendo destaque entre os estados brasileiros, “em função das ações que vem desenvolvendo na articulação de políticas de combate à fome, a exemplo da ampliação da composição do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)”.
Outra pauta importante no novo cenário do desenvolvimento social da Bahia é o Decreto 11.048, assinado pelo governador em 2008. Essa ação, segundo a secretária, torna a política de assistência social no estado mais transparente, ágil e eficiente. O decreto, chamado Fundo a Fundo, determina que os recursos financeiros do Fundo Estadual da Assistência Social (Feas) sejam transferidos direta e automaticamente para os fundos municipais, independente de convênio com as prefeituras. Além disso, todos os municípios baianos foram habilitados no Sistema Único da Assistência Social (Suas).
Dessa forma, é superada a burocracia que tanto dificultava o atendimento aos usuários dos serviços de assistência social, como os portadores de deficiência física, crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual, mulheres em situação de violência e qualquer outro cidadão ou família em situação de vulnerabilidade social.
Outras quatro grandes ações de combate à pobreza também merecem destaque na atuação da Sedes. São o projeto de construção de cisternas para armazenamento da água de chuva, a implementação do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), formação e qualificação profissional juvenil e inclusão socioprodutiva.
Com a aprovação dos projetos apresentados pela Sedes no âmbito dos editais lançados pelo MDS, foram captados recursos para implantação de mais um restaurante popular (além de dois já mantidos pelo Estado) e duas cozinhas comunitárias, formação de 837 agentes dos 417 municípios em segurança alimentar, aquisição e distribuição de 4,3 mil toneladas de alimentos, implantação de hortas, unidades de criação de pequenos animais e implantação de feiras verdes nos centros sociais urbanos (CSUs).
Foi realizada também a reforma do CSU do Nordeste de Amaralina, bairro com um dos maiores índices de violência de Salvador, com a construção da primeira piscina semiolímpica em bairro popular da Bahia.
Este ano, a Sedes continua executando ações. No primeiro trimestre, além da ampliação do PAA na Chapada Diamantina, por meio de implantação de unidades familiares de produção agroecológica sustentável, já está pautada a inauguração de complexo agroindustrial de caprinos e ovinos no município de Jussara, que vai atender a diversos municípios do semiárido. Nesse último projeto, a Sedes investiu R$ 1,7 milhão em laticínio, curtume, abatedouro-frigorífico, escola de artefatos de couro e unidades de produção de leite.
Nesses três anos e meio, o governo da Bahia conseguiu alcançar 100% de habilitação dos municípios baianos no Sistema Único da Assistência Social. Este foi um importante avanço na gestão de ações de assistência social do Estado, o que vem se consolidando desde 2007. Isso significa que os municípios terão de cumprir normas operacionais do sistema. Todos eles, por exemplo, já criaram conselho, fundo e plano de assistência social, mostrando um avanço na vida de 1,5 milhão de famílias baianas que estão em situação de vulnerabilidade – todas elas já são beneficiárias do Bolsa Família.


Transparência, agilidade e eficiência
A política de ação continuada da assistência social na Bahia ganha mais transparência, agilidade e eficiência. Com o Decreto 11.048, foram superados os trâmites burocráticos, facilitando o atendimento aos usuários dos serviços. O decreto atende à principal reivindicação dos movimentos sociais e entidades ligadas ao tema durante a Conferência Estadual de Assistência Social, realizada em novembro de 2007.
A medida permite a descentralização político-administrativa e o fortalecimento dos fundos e conselhos de assistência social. Juntamente com a Sedes, eles fiscalizarão a movimentação dos recursos. Caso constatem o emprego irregular do fundo municipal, as prefeituras devem devolver ao Feas os valores repassados.
Essa ação inaugura a nova lógica do Fundo a Fundo no estado. A Bahia é o quarto estado a regulamentar esse trâmite. A apresentação dos planos de ação pode ser feita através do SuasWeb, sistema onde governo federal, estados e municípios gestam informações essenciais da rede socioassistencial.

Novos Cras
O governo da Bahia, através da Sedes, em parceria com o governo federal, está ampliando o número de unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) em todo o estado. Este ano, serão instalados 89 novos Cras, contemplando 69 municípios. Estima-se que mais de 315 mil famílias sejam beneficiadas com as novas unidades. Com a implantação desses centros, a Bahia terá 512 unidades presentes em 356 municípios. Assim, mais de 85% das cidades terão mais essa ação do MDS e da Sedes.
Os investimentos mensais para custear essas novas unidades são de R$ 1,5 milhão, oriundos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), e de R$ 335 mil, do Feas. Esses valores serão repassados aos fundos municipais. Todas as cidades baianas já criaram conselho, fundo e plano de assistência social, critérios para o repasse dos recursos. Elas devem prestar conta da gestão aos governos estadual e federal.
Em 2009, os 423 Cras existentes em 340 municípios atenderam a 1,5 milhão de famílias. Das 69 cidades contempladas, 16 ainda não contavam com esse serviço. Agora as comunidades de Belmonte, Belo Campo, Caldeirão Grande, Castro Alves, Cícero Dantas, Guanambi, Inhambupe, Ipupiara, Jacaraci, Matina, Mortugaba, Olindina, Presidente Jânio Quadros, Rio Real, Umburanas e Várzea do Poço podem ser assistidas pelos centros de referência.
Na capital baiana, o número de Cras passa de 17 para 35. Já Vitória da Conquista e Feira de Santana ganham este ano mais duas novas unidades para desafogar o atendimento em outros Cras dos municípios.

Segmentos tradicionais
O ano de 2009 foi fechado com benefícios para os povos e comunidades tradicionais da Bahia. Quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades de fundo e fecho de pasto, povos de terreiro e ciganos se reuniram em dezembro, em Salvador, para discutir e aprovar o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Povos de Comunidades Tradicionais. Com isso, a Bahia será o primeiro estado do país a ter uma política pública específica voltada para esses segmentos.
As propostas que compõem o plano saíram dos seminários e ciclos de debate de todos esses grupos, realizados este ano. Durante esses encontros, a lição dos representantes desses povos e comunidades foi sobre as diferentes formas de luta contra a invisibilidade histórica do estado, responsável por apartar essas populações de seus direitos durante séculos.
“Olhando para esse auditório, dá pra ver que essa é a cara da Bahia. Somos a prova de que o caráter de exploração do Brasil nasceu aqui, por isso ficamos tanto tempo excluídos. Mas também somos a prova da resistência. E hoje estamos dizendo para o governo as políticas públicas que queremos”, ressaltou o cacique Akanauã Bauã, do povo Hã-hã-hãe, representando todos os povos e comunidades tradicionais presentes no seminário.
“Com esse passo que estamos dando hoje, espero que meus netos nunca passem pelo que eu passei. Nosso povo era tratado como bicho. Hoje já podemos assumir o que somos. E nenhuma dessas conquistas foi de graça. Se estamos aqui hoje é porque merecemos”, declarou Mameto kya Nkisi Zulmira França, uma das representantes dos povos de terreiro.

Educar para Construir
O Educar para Construir formou no ano passado 400 alunos. Ele vêm se destacando entre os projetos de responsabilidade social do governo da Bahia, inclusive sendo premiado nos últimos dois anos.
A visibilidade do projeto junto ao setor da construção civil, além da parceria com o Sindicato da Indústria da Construção da Bahia, garantiu o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2009, referendado pelo 81º Encontro Nacional da Indústria da Construção. O outro prêmio foi o 5º Top Social Norte e Nordeste, em 2008, promovido pela ADVB/BA e Abap/BA.
O projeto, que tem como finalidade proporcionar a qualificação profissional, inclusão digital, articulação comunitária e a qualificação de jovens como multiplicadores do esporte, já beneficiou cerca de mil jovens das comunidades de Alagados, Novos Alagados, Recanto Feliz e Paraíso Azul (Costa Azul), Moradas da Lagoa, Massaranduba e Uruguai. De todos esses jovens, 75% já estão trabalhando com carteira assinada.
O Educar para Construir é financiado pelo governo da Bahia, através da Sedes, dentro do programa Jovens Baianos, com investimento acima de R$ 1,3 milhão. Atualmente executa atividades de formação no período de 12 meses nas áreas de construção civil e esporte.
Este ano, as atividades começaram em abril, com mais de 400 jovens inscritos, sendo que 202 deles já estão atuando no mercado de trabalho como menores aprendizes e estagiários na área de construção civil. O Educar para Construir tem como parceiro e executor a Cooperação e Desenvolvimento da Morada Humana (CDM).

Outra realidade no semiárido
“Tendo água na cisterna, não precisamos de esmola”, ressaltou o sertanejo e professor João Bispo, ao som da viola. Ele é morador do município de Chorrochó e é colaborador do projeto Cisternas nas Escolas, do governo da Bahia. A ação, uma das inovações do programa Água para Todos, agrega um conjunto de iniciativas voltadas à melhoria da qualidade de vida no semiárido.
Além de Chorrochó, outros 12 municípios são beneficiados pelo Cisternas nas Escolas, um projeto da Sedes, em parceria com o Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) e outras entidades. Segurança alimentar, educação do campo, sustentabilidade e convivência com o semiárido são alguns dos temas tratados pelos educadores, como João Bispo, com os estudantes e suas famílias.
Os recursos estão viabilizando a construção de cisternas em 43 escolas de 13 municípios. As regiões contempladas são as que possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A previsão também é implantar diversas hortas comunitárias para possibilitar atividades na área de educação alimentar.

Mais renda no campo e comida na mesa
O governo da Bahia e o governo federal estão comprando diretamente da agricultura familiar de diversos municípios do estado. Essa é uma estratégia do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que integra o Fome Zero. A ação beneficia cerca de duas mil pessoas, entre agricultores, usuários da rede de ensino e de entidades socioassistenciais, além de todo o público atendido pelos Cras.
Na Bahia, esta é a primeira articulação entre a produção de agricultores familiares e as demandas locais de suplementação alimentar e nutricional dos públicos-alvo das políticas de assistência social. O resultado esperado é o desenvolvimento da economia local, o fortalecimento da agricultura familiar, a melhoria alimentar e nutricional das pessoas beneficiárias das doações de alimentos e a geração de trabalho e renda no campo.
Banana, aipim, jaca, cupuaçu, tapioca, tangerina, puba, beiju, graviola e coco são apenas alguns dos produtos expostos pelas famílias nos centros de distribuição do PAA dos municípios.
As ações do PAA são executadas em 20 municípios distribuídos nos territórios do Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad). A estimativa é que sejam beneficiados 1,9 mil agricultores familiares e 94,4 mil pessoas em vulnerabilidade alimentar e nutricional. Os investimentos somam R$ 7,3 milhões, oriundos de contrapartidas do governo federal e do governo da Bahia. Mais de 90% desses recursos serão investidos na aquisição de 4,3 mil toneladas de alimentos.
Para uma gestão compartilhada do PAA, foram formados comitês gestores municipais nas 20 cidades do Consad, integrantes do programa. O resultado disso foi a mobilização de cinco mil pessoas, entre agricultores rurais, beneficiários do Bolsa Família, entidades e organizações sociais e movimentos de luta pela terra, que acompanham a execução dessa política.

Ressocialização de jovens
O governo da Bahia continua os investimentos em medidas socioeducativas de semiliberdade e de internação com a construção e reformas das unidades que beneficiam adolescentes em conflito com a lei. Atualmente, a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), vinculada à Sedes, está construindo mais uma Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case), que será implantada no município de Feira de Santana. Os investimentos para este centro de internamento têm a parceira do governo federal e chegam a R$ 10,7 milhões.
O município de Camaçari também será contemplado com uma Case com capacidade para 90 adolescentes e cujos investimentos são de R$ 7,2 milhões.
Desde 2007, o governo estadual inaugurou dez unidades de semiliberdade, mostrando o avanço neste setor, já que há dez anos não eram construídos novos centros. Foram criadas ainda as comunidades de internamento equipadas para a ressocialização desses jovens.
Outras ações do governo nesta área são a reforma da Unidade Juiz Melo Matos, localizada também em Feira de Santana, funcionando apenas para internação provisória dos adolescentes vindos do interior.
No caso das unidades de semiliberdade, dependendo da decisão que os juizados da infância e juventude aplicarem, os jovens que cumprirem as medidas estabelecidas poderão desenvolver atividades educativas fora dos centros onde estão recolhidos. A Bahia conta ainda com três unidades de internação, que funcionam nos municípios de Feira de Santana, Simões Filho e Salvador.
Fonte: AGECOM

JOANA ANGÉLICA É AGORA “HEROÍNA DA PÁTRIA”

Uma boa noticia para as mulheres guerreiras:

Joana Angélica, mártir da batalha pela Independência da Bahia, é finalmente um dos integrantes da lista oficial do “Livro dos Heróis da Pátria”. O reconhecimento veio após aprovação de projeto de lei na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, com Sóror Joana Angélica de Jesus junto a outros heróis como Tiradentes e o Marechal Deodoro da Fonseca no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília. A autora do projeto, deputada Lídice da Mata, diz que a homenagem é um reconhecimento histórico à bravura da freira, que em 31 de janeiro de 1822 impediu pessoalmente a invasão do Convento da Lapa contra a invasão portuguesa. A nomeação coincide com a proximidade da comemoração do 2 de Julho.
Fonte; Bahia Noticias

Conhecendo projeto de saneamento e educação ambiental

No inicio de Junho, eu tive a felicidade de conhecer um pouco o projeto Thaba. Não estou trabalhando nele, mas mesmo assim estou socializando informações sobre este projeto de saneamento. Eu encontrei um matéria no site da Uneb que estou reproduzindo abaixo:

Projeto beneficia 13 municípios baianos em saneamento básico
Por Vânia Dias,Núcleo de Jornalismo


O Núcleo de Pesquisa e Extensão em Habitação Popular (Thaba), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, está participando do Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento (PEAMSS).

A ação, que beneficia 13 municípios baianos, é coordenada e financiada pela Secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), e busca capacitar sobre questões socioambientais, através de cursos, seminários, oficinas e outras atividades.

Uma das expectativas do projeto, segundo Rubens Barros, coordenador do Thaba, é que essa mobilização coletiva se reflita na gestão participativa de saneamento: “Principalmente porque os municípios brasileiros, de acordo com lei federal (11.445/07), devem apresentar a partir de 2011 um plano municipal de saneamento básico para a obtenção de financiamentos públicos”.

Os municípios participantes do projeto são Rafael Jambeiro, Cícero Dantas, Formosa do Rio Preto, Teofilândia, Seabra, Morro do Chapéu, Coronel João Sá, Uauá, Palmas de Monte Alto, Iramaia, Camamu, Encruzilhada e Ibirapuã.

O Thaba é responsável por toda a metodologia de trabalho aplicada no PEAMSS. “Participamos com mais de 15 professores e 10 estudantes da UNEB dos campi de Guanambi, Santo Antônio de Jesus, Barreiras, Alagoinhas, Irecê e Camaçari”, destacou Barros, completando que o núcleo atua nas questões ligadas a monitoria e supervisão da iniciativa.

“Pretendemos também criar multiplicadores nas cidades envolvidas para aumentar o alcance do nosso núcleo”, concluiu Rubens.
Programação de atividades

De acordo com a programação do projeto, durante todo o mês de abril acontecem os seminários de abertura do PEAMSS nos municípios participantes.

A primeira atividade foi realizada em Rafael Jambeiro, no último dia 14, onde as comunidades locais iniciaram a construção de mapas que irão traduzir a questão ambiental do município e servir de base para o planejamento de ações e implantação do projeto.

Em maio terão início as atividades pedagógicas, que contemplam seis cursos de educação ambiental com enfoque em saneamento, tecnologias sustentáveis e legislação, com duração de 20 e 40 horas-aula.

Serão realizados também encontros com professores da rede pública, além de outros três cursos voltados para a área de comunicação, totalizando 80 horas-aula, nos quais os participantes vão produzir jornais, programas de rádio e exposições de fotografias sobre o conteúdo estudado.

Ao final do projeto, em dezembro deste ano, a UNEB, a Sedur e a Embasa vão socializar os resultados obtidos e apresentar sugestões para compor o plano de intervenções dos municípios.

As atividades do PEAMSS são franqueadas ao público. Os interessados devem procurar os postos de inscrições localizados nos municípios participantes. Há a expectativa de que, em 2011, as ações do projeto sejam estendidas para outras cidades do estado.