quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fundo da ONU dá título de habitante nº 7 bilhões a bebê russo

Marina Nikolaeva segura seu filho recém-nascido, o habitante de número 7 bilhões do planeta, segundo a ONU. Foto: Reuters
Marina Nikolaeva segura seu filho recém-nascido, o habitante de número 7 bilhões do planeta, segundo a ONU
Foto: Reuters
O habitante de número 7 bilhões da Terra recebeu o nome de Piotr e nasceu em Kaliningrado, informaram nesta segunda-feira as autoridades dessa cidade russa às margens do Mar Báltico.
O bebê nasceu poucos minutos depois da meia-noite no Centro Perinatal de Kaliningrado, cidade escolhida pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) para marcar a chegada simbólica do habitante de número 7 bilhões no planeta.
"Ele é o terceiro filho da família. Sua mãe tem 36 anos e passa bem. O nome foi escolhido pelo seu irmão mais velho. O bebê pesou 3,030 kg", detalhou à agência oficial russa RIA Novosti o diretor do Centro Perinatal, Yevhen Marchuk.
O UNFPA decidiu entregar o certificado de habitante 7 bilhões da Terra ao primeiro bebê que nascesse no dia 31 outubro em Kaliningrado.
Em 1999 foi Sarajevo a cidade escolhida pela ONU para receber o habitante de número 6 bilhões do planeta.
Outra cidade russa reivindica o posto. As autoridades da região de Kamtchatka, no extremo oriente da Rússia, declararam que é seu o habitante de 7 bilhões, nascido às 0h19 (10h19 de domingo no horário de Brasília) na cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky.
"Nosso país começa em Kamtchatka, por isso consideramos que nosso bebê é o primeiro nascido na Rússia", afirmou o governador de Kamtchatka, Vladimir Ilykhin.
Além de um certificado expedido pelas autoridades regionais, os pais de Aleksandr, como chamaram o bebê, receberam de presente um apartamento.
Filipinas
Antes do nascimento de Piotr, outro bebê, nascido nas Filipinas, tinha sido simbolicamente considerado o habitante de número 7 bilhões. Danica May Camacho, nasceu no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tpesando 2,5 kg. Danica receberá uma bolsa de estudos e seus pais uma quantia em dinheiro para abrir uma loja.
Fonte: Terra

ONU: falta de água é o maior entrave para alimentar a população

 
A necessidade de aumentar a produção agrícola para alimentar a crescente população mundial pressionará os recursos naturais, principalmente a água, segundo José Graziano, que em 2012 assumirá a direção geral da FAO (agência da ONU para agricultura e segurança alimentar). "A água se tornou o maior entrave à expansão da produção (de comida), especialmente em algumas áreas como a região andina, na América do Sul, e os países da África Subsaariana", disse à BBC Brasil Graziano, atualmente diretor da FAO para a América Latina e ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome no governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi o responsável pela implementação do Programa Fome Zero.
Segundo previsão da FAO, até 2050, a produção mundial de alimentos terá de crescer 70% para dar conta do aumento populacional. Graziano diz que, apesar da pressão sobre os recursos naturais, é possível dar um fim à fome no mundo por meio de quatro ações principais: a aplicação de tecnologias modernas na lavoura (muitas já disponíveis), a criação de uma rede de proteção social para populações mais vulneráveis, a recuperação de produtos locais e mudanças nos padrões de consumo em países ricos.
"Se pudéssemos mudar o padrão de consumo em países desenvolvidos, haveria comida para todos. Nós desperdiçamos muita comida hoje, não só na produção, mas também no transporte e no consumo", disse ele. Segundo Graziano, enquanto a comida é mal aproveitada em nações ricas, cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome em países emergentes. "Precisamos assegurar que esse bilhão de pessoas sejam alimentados, que tenham bons empregos, bons salários e, se não pudermos dar-lhes empregos, encontrar uma forma de proteção social para eles", salientou.
Bolsa Família
Graziano afirma que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família no Brasil, hoje atendem cerca de 120 milhões de pessoas na América Latina, ajudando a combater os índices de fome na região. Ele defende ampliar essas ações para outros países afetados pela falta de alimentos, especialmente na África.
Outra ação que Graziano advoga é recuperar produtos agrícolas típicos de cada região. Segundo ele, por não serem commodities, esses produtos não são afetados por variações bruscas de preços, o que favorece consumidores e produtores. Além disso, geram um ciclo de produção e consumo local, barateando a comida.
"O que é caro nos alimentos é o transporte, a produção é muito barata. Se conseguirmos diversificar, fazer uma regionalização e melhor distribuição de alimentos e consumo, os preços serão muito mais baixos", defendeu Graziano, que disse ainda que o estímulo à produção de produtos tradicionais ajudaria a diversificar a fonte de alimentos. "Hoje caminhamos para ter poucos produtos responsáveis pela alimentação de quase 7 bilhões de pessoas. Precisamos diversificar essa fonte, criar maior variabilidade".
Ele afirmou que a prioridade dada a alimentos cotados em mercados internacionais tem feito com que a América Latina, por exemplo, venha perdendo a capacidade de produzir feijão - um alimento tradicional altamente nutritivo, produzido a um custo baixo.
Obesidade
A diversificação da produção agrícola, segundo Graziano, também ajudaria a combater outro problema global relacionado à alimentação: os crescentes índices de obesidade, inclusive em países emergentes. Ele afirma que o número de pessoas com problemas de má alimentação ou obesidade já alcança 2 bilhões, duas vezes mais que o total de pessoas afetadas pela fome.
Ele atribui o índice à "comodidade da vida moderna", que amplia o acesso a produtos industrializados, com alta concentração de açúcares, ao mesmo tempo em que desestimula atividades físicas. Para Graziano, o combate desse mal também deve incluir ações educativas. "Achamos que nossas mães sabem o que devemos comer. Isso valia para nossas avós, que colhiam produtos na horta, mas hoje nossas mães buscam comidas prontas, fast food, já que elas também trabalham e têm longas jornadas fora de casa".
Graziano também cobra que as grandes empresas de fast food se sensibilizem quanto ao problema e ampliem a oferta de comidas frescas em seus cardápios.
Biocombustíveis
Na entrevista à BBC Brasil, Graziano também aborda outros dois temas que têm permeado discussões recentes sobre a produção de alimentos: a suposta competição entre a produção de comida e a de bicombustíveis e os riscos que o aumento da produção agrícola impõem à preservação ambiental. Ele afirma que, em duas das três maiores regiões produtoras de biocombustíveis do globo (Estados Unidos e Europa), houve incremento em alguns preços de alimentos por causa da competição com biocombustíveis.
No Brasil, porém, ele afirma que a produção de etanol a partir da cana de açúcar não teve qualquer impacto nos alimentos, já que a produção cresceu principalmente em terras improdutivas e por meio da modernização de técnicas agrícolas. Graziano também diz não ver conflitos em conciliar a preservação ambiental à necessidade de ampliar a produção agrícola. "A intensificação da produção com modernas tecnologias, menor uso de fertilizantes e defensivos pode beneficiar muito o meio ambiente", diz. "O avanço da tecnologia nessa direção permiria terminar com essa falsa dicotonomia entre ecologistas e agricultores".
Fonte: Terra

ONU destaca luta contra pobreza no Brasil, mas adverte sobre risco ambiental

 
O relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) destaca a luta contra a pobreza no Brasil, e afirma que os riscos ambientais são a principal ameaça para o desenvolvimento humano na região da América Latina e Caribe.
O relatório foi apresentado nesta quarta-feira em Copenhage com o título 'Sustentabilidade e Equidade: Um Futuro Melhor para Todos'. De acordo com o estudo, a distribuição de renda piorou na maior parte do mundo, e a América Latina continua sendo a região mais desigual.
Entretanto, o documento admite que as brechas na distribuição nacional de renda foram menores nos últimos anos, principalmente no Brasil, Argentina, Honduras, México e Peru. O êxito do Brasil na luta contra a pobreza, com programas sociais como o 'Bolsa Família' foi destaque.
A região avançou no acesso a serviços de educação e saúde, e ocupa o primeiro lugar em gastos públicos com educação, investindo 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, muitos países se aproximam de 100% de matrículas nos níveis primário e secundário.
O desmatamento é o principal desafio ambiental, apesar da queda na taxa anual registrada desde o fim de 2009, principalmente devido às medidas na Amazônia brasileira. Essa diminuição contrasta com as 'enormes perdas' de cobertura florestal na América Central por causa da dependência da lenha e do carvão para cozinhar.
'A longo prazo, o desmatamento e a superexploração da terra e dos cursos de água podem ameaçar os meios de vida, a disponibilidade de água doce e os recursos renováveis essenciais, como a pesca', afirmou o relatório.
A diminuição da quantidade de peixes influenciará na alimentação, na pesca recreativa e no mergulho, fontes de emprego e renda na indústria regional de turismo, acrescenta o documento.
A mudança climática provocará também redução das chuvas, aumento das temperaturas e pode desencadear fenômenos mais destrutivos em áreas propensas a furacões. A ONU prevê um aumento de 50 centímetros no nível do mar nos próximos 40 anos, o que poderia inundar áreas litorâneas de 31 nações da América Latina e Caribe.
O relatório divulgado nesta quarta-feira também inclui o 'ranking' anual de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), liderado pela Noruega e com a República Democrática do Congo na última posição.
A lista inclui 187 países, 18 a mais que no último ano. O Brasil ocupa a 84ª posição (0,718 de pontuação), atrás de vários países da região.
O Chile ocupa a posição 41 (0,805), Argentina a 45ª (0,797), Uruguai na posição 48 (0,783), Cuba na 51 (0,776), México ocupa a posição 57 (0,770), a Costa Rica é o país 69 (0,744) e a Venezuela 73 (0,735).
O Peru aparece no número 80, com 0,725, Equador no 83 (0,720), e Colômbia no 87 (0,710). O pior país da região é o Haiti, o único do hemisfério ocidental na zona mais baixa do IDH, com o posto 158.
Os dados comparativos dos últimos cinco anos revelam que Cuba, Venezuela e Tanzânia são os países que subiram mais postos na classificação do IDH, que leva em conta a renda, a esperança de vida e o nível da educação em cada país.
O Uruguai é o melhor colocado da região em uma lista que leva em conta as desigualdades internas, na posição 43, seguido pelo Chile (44), Argentina (47), Costa Rica (55), México (56), Peru (63) e Venezuela (67). A África Subsaariana e o Sul da Ásia são os piores colocados.
O relatório anual do Pnud inclui outros índices, introduzidos no último ano para complementar o IDH, como o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), liderado pela Suécia, seguida por Holanda, Dinamarca, Suíça, Finlândia, Noruega, Alemanha, Cingapura, Islândia e França.
O primeiro país latino-americano segundo o IDG é Cuba, no posto 58, seguida por Uruguai (62), Costa Rica (64), Argentina (67), Chile (68) e Peru (72).
Haiti tem a maior proporção de pobres na região latino-americana e caribenha, segundo o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que examina em nível familiar fatores como o acesso a água potável, combustível e serviços de saúde, assim como artigos domésticos e padrões de construção de casas.
A taxa de pobreza multidimensional do Haiti representa o dobro da taxa da Guatemala e o triplo das taxas da Nicarágua e Honduras. 
Fonte: EFE

Governo brasileiro apresenta à ONU propostas para Rio+20

O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira (1º) o documento com as propostas que o país defenderá na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada no Rio de Janeiro, em junho de 2012, conhecida como Rio+20.
Conforme o governo, o documento já foi enviado à Organização das Nações Unidas (ONU) e vai se juntar às propostas de outros países para a formulação do chamado Projeto Zero, que servirá como instrumento para a elaboração final do texto que será discutido na Rio+20.
As propostas que constam no documento, desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério da Fazenda e Ministério das Relações Exteriores, envolvem não apenas a promoção de uma economia verde, como também questões sociais e incentivo ao consumo econômico sustentável.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, responsável por apresentar o relatório, o documento tornou-se "inovador e sustentável", e o sucesso foi obtido a partir de consulta "ampla" no setor produtivo e governamental.
"Temos um objetivo-síntese: avançar nos próximos 20 anos com desenvolvimento sustentável inclusivo. Nós entendemos que a economia verde inclusiva é um caminho em que você gere renda, crescimento econômico, desenvolvimento a partir da inclusão social", ressaltou a ministra.
O Brasil defende a construção de um programa que possa garantir renda para superar a pobreza extrema no mundo, através de instrumentos sustentáveis. "Como resolver o problema da fome no planeta com caminhos sustentáveis é a questão", disse.
Exemplos práticos brasileiros serão apresentados como forma de defender a proposta da inclusão social por meio ecológico. Segundo a ministra, o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Brasil Sem Miséria e o Bolsa Verde são programas de sucesso que poderão ser aplicados em outros países.
Além disso, linhas de financiamento de propostas sustentáveis, inovação tecnológica e questões energéticas também estão na pauta de defesa do governo na conferência do ano que vem.

Cobrança
A conferência não é legalmente vinculante, ou seja, não existe uma legislação para que os países cumpram as metas estabelecidas, de acordo com o governo. No entanto, o governo está otimista no cumprimento do ato a ser assinado na conferência do ano que vem.
O subsecretário Geral do Meio Ambiente, Energia e Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, acredita que os países irão buscar caminhar na direção apontada pelas metas independente de legislação.
"Ao se focalizar na ação, e não na legislação internacional, há êxitos maiores. (...) Todos os mecanismos internacionais de financiamento irão se pautar por essa orientação. Então a possibilidade de termos resultados concretos é muito clara", disse Figueiredo.
Fonte: G1

Novo museu fará resgate histórico de ferrovias

O projeto da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo para a construção do Museu Ferroviário na cidade está prestes a sair do papel. O espaço destinado ao Museu será a Estação Saudade, onde, atualmente, funciona a Biblioteca Municipal Bruno Enei. Para novembro deste ano está prevista a abertura do edital do concurso para selecionar profissionais para trabalhar efetivamente no projeto do novo museu, como arquitetos, museólogos, historiadores, etc. Aquele que apresentar a melhor idéia para a realização do projeto, que será avaliado por uma banca, receberá um prêmio de R$ 20 mil. Os interessados têm até o mês de fevereiro para apresentar seus projetos.
A proposta do museu é fazer um resgate da história das ferrovias de Ponta Grossa, que fizeram parte da vida da cidade. especialmente no século passado. De acordo com a Secretária Municipal de Cultura e Turismo Elizabeth Schmidt, o novo museu deve contar com modernas tecnologias, de modo que o público possa interagir com o que está exposto. Para a secretária, a importância da existência do Museu Ferroviário em Ponta Grossa é “imensa”. “Enquanto cidadã, acho que existe uma grande lacuna em razão da falta de um museu ferroviário em Ponta Grossa”, diz.