terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Campanha do Desarmamento recolhe 36 mil armas e continua em 2012


A Campanha Nacional do Desarmamento vai continuar até o fim de 2012. O Ministério da Justiça e o Banco do Brasil renovaram nesta terça-feira (27) a parceria para o pagamento das indenizações por armas recolhidas durante a campanha. Em vigor desde maio, a Campanha Nacional do Desarmamento recolheu 36,8 mil armas de fogo no país.
De acordo com o secretário executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto, a expectativa do governo foi atendida. “Faremos uma nova campanha, talvez aperfeiçoando alguns pontos, mas mantendo o anonimato, a capilaridade, a agilidade do pagamento e a inutilização das armas. Precisamos e queremos ampliar o número de postos de arrecadação”.
O balanço da campanha divulgado hoje mostra que os revólveres são a maior parte das armas entregues, 18 mil. Também foram recolhidas 7,6 mil armas de grande porte, sendo 5 mil espingardas, 500 rifles, 95 fuzis, cinco metralhadoras, entre outras.
As armas de grande porte representam 20% do total de armas recolhidas. “O anonimato provocou a devolução de armas de grande porte, o que é inédito. Muitas vezes o cidadão comprava de maneira clandestina e, por medo da origem da arma, não fazia a devolução”, disse Barreto.
De acordo com o Ministério da Justiça, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. A entrega pode resultar em indenizações entre R$ 100 e R$ 300 dependendo do tipo da arma. O orçamento da campanha deste ano foi R$ 9 milhões. Segundo Barreto, a mesma quantia deve ser destinada a campanha em 2012.
“O ministro resolveu colocar um aporte de recursos grande. Não poderíamos deixar faltar recursos em nenhum momento da campanha. Colocamos um valor superestimado porque se tivéssemos maior adesão da população, esses recursos não faltariam”.
A campanha pelo desarmamento está presente em 25 Estados, onde existem 1,9 mil postos de coleta de armas. Ao entregá-las, o cidadão não precisa declarar a origem, e depois recebe remuneração, conforme o tipo da arma.
Estão em funcionamento nos Estados 1.886 postos de entrega de armas, cadastrados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, pelo Corpo de Bombeiros e pela Guarda Municipal. Para isso, o cidadão precisa pedir à Polícia Federal uma guia de trânsito para conduzir o armamento e não é exigida a comprovação da origem da arma.

INSTITUTO MAUÁ PROMOVE ÚLTIMO ‘DELÍCIAS DO PORTO’ DO ANO


O Instituto Mauá promove a última edição do ano do ‘Delícias do Porto’ na próxima sexta-feira (30), feira de culinária e artesanato com 21 barracas comercializando pratos típicos da Bahia e produtos variados no Largo do Porto da Barra, em Salvador, a partir das 15h. O público ainda pode curtir, gratuitamente, shows musicais ao vivo, a partir das 18h.
São 10 barracas de culinária e 11 de artesanato, com peças de diversas tipologias, a exemplo de cestaria e trançado, bordados, miniaturas, bolsas, roupas, acessórios e bijuterias. No cardápio: sarapatel, carne de sol com purê de aipim, arrumadinho de siri catado, acarajé, espetinhos, pastéis fritos na hora, beijus recheados e tortas salgadas.
Boa opção de lazer na despedida do ano, e com direito a um dos mais belos pores-de-sol da Baía de Todos-os-Santos, o “Delícias do Porto” segue até às 22h. A feira retorna no dia 7 de janeiro.

EXPOSIÇÃO APRESENTA A SENSIBILIDADE DOS FOTÓGRAFOS DA SECOM


Expor a criatividade dos fotógrafos da Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia (Secom) e homenagear Alceu Elias que, durante 30 anos, fez coberturas fotográficas pelo Governo do Estado. Estas são algumas das razões que motivaram a realização da 1ª Mostra Fotográfica da Secom, intitulada ‘Além Pauta’.
A abertura da exposição na manhã desta quarta-feira (14), no térreo da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, contou com a presença de repórteres, assessores de imprensa, fotógrafos, servidores públicos, do secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida e de familiares do homenageado.
“Fico muito feliz por estar aqui recebendo e participando desta homenagem”, agradeceu Noêmia Paschoal Chaves, viúva de Alceu, após receber uma placa dedicada ao marido.
Olhar diferenciado
Conforme o coordenador de Fotografia da Secom, Manu Dias, a mostra apresenta um olhar diferenciado sobre as pautas corriqueiras. “O profissional quando cobre seminários ou outras atividades consegue colocar sua criatividade e extrair além da pauta que foi estabelecida, extrapolando o óbvio”.
Ao todo, estão expostas 40 imagens de paisagens, manifestações culturais, religiosas, do cotidiano baiano, entre outros temas. Além de fotos de Alceu Elias, quem conferir a mostra terá a oportunidade de conhecer o trabalho de profissionais de diferentes gerações, que se dividem nas coberturas jornalísticas do Governo do Estado.
Carla Ornelas, 29, está entusiasmada por ter, pela primeira vez, fotos em uma mostra. “Sempre sonhei em participar de uma exposição”. Ela trabalha com profissionais que têm mais de 20 anos dedicados à fotografia e afirma que a troca de experiências é frequente e auxilia o processo criativo. “A questão da diferença da idade é maravilhosa. Os mais velhos ensinam os mais novos e a gente faz esse misto, trocando ideias. É muito gratificante”.
Aos 56 anos, cinco deles dedicados ao setor de fotografia da Secom, Alberto Coutinho diz que é um privilégio retratar o dia a dia dos baianos e poder expor parte desse trabalho. “Para mim é uma honra participar de exposição que reúne imagens de artistas da fotografia. Um prazer imenso”.
O editor de imagem, Lázaro Sérgio Almeida, informou que o banco de imagens da Secom possui mais de 10 mil fotos feitas a partir de 2007. “Tudo está armazenado em arquivos digitais e no site da Secom e Flickr”.
A exposição é gratuita e permanece à disposição dos visitantes até 14 de janeiro. Além de Carla Ornelas, Manu Dias e Alberto Coutinho, Adenilson Nunes, Alceu Elias (in memorian), Carol Garcia, Edivalma Santana, Elói Corrêa, Haroldo Abrantes, Mateus Pereira e Rafael Martins também têm fotos na 1ª Mostra Fotográfica da Secom.

PROJEÇÕES CÊNICAS ENCHEM PELÔ DE LUZ E COR NAS FESTAS DE FIM DE ANO


Desde domingo (24), o artista conceitual Gaspare Di Caro leva suas formas iluminadas ao Centro Histórico de Salvador, o mais antigo do Brasil, como parte das atrações do projeto Festas da Diversidade no Pelô. Com formação cinematográfica, literária e plástica, ele transporta pinturas e fotografias para objetos, construções e monumentos por intermédio de projeções.
A iluminação cênica por meio de projeções no Natal do Pelourinho é uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), com apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) e da imobiliária Syene Empreendimentos, empresa do grupo espanhol Copasa, com mais de 20 anos de tradição e atuação internacional.
Na cidade francesa de Nice, o trabalho de Di Caro foi comparado ao de artistas franceses como Arman e Yves Klein. O luminógrafo veio para o Brasil em 2007, quando decidiu deixar a Sicília para se confrontar com a pureza das curvas criadas por Oscar Niemeyer nos prédios de Brasília.
Desde então, vem exercendo algumas de suas performances luminosas pelo Brasil como a do Cristo Redentor, que ganhou recentemente formas, cores e até mesmo um rosto projetado pelo artista. Também realizou iluminações e projeções no Rio Tietê e na Catedral Metropolitana de Brasília.
Em Salvador, Di Caro realiza suas intervenções no perímetro entre o Palácio Rio Branco e o Cruzeiro de São Francisco. “Eu utilizo a luz como um pintor utiliza a tinta e o óleo, e o projetor atua como um pincel, utilizando as técnicas de cores e do claro-escuro”. O artista busca evidenciar os detalhes arquitetônicos do Pelourinho com sua obra até o dia 1° de janeiro de 2012. O público pode conferir as apresentações das 19 às 23h, na Catedral Basílica de Salvador (dias 27, 28 e 29) e no Palácio Rio Branco (30 e 31 e 1°).
Para o artista, o Pelourinho é um verdadeiro teatro vivo, onde os atores principais são os edifícios, dos mais emblemáticos aos mais humildes. Em seu trabalho, mostra ao público uma história secular por meio da arte projetada em construções como a Igreja de São Francisco, a Catedral Basílica, a Faculdade de Medicina e o Palácio Rio Branco, com projeções de imagens de Caravaggio, Matisse e Pierre Verger.
Programação musical da festa
Terça-feira (27)
Cortejo Afro (Largo Pedro Archanjo)
Surdo Virado (Largo Tereza Batista)
Verão Cênico e O Inspetro Geral (Largo Quincas Berro D’Água)
Quarta-feira (28)
Diamba (Largo Pedro Archanjo)
Dia 2
Lindroamor
Chegança Feminina
Dia 3
Grupo Cultural São Félix
Chegança de Mouros de Arembepe
Dia 4
Rancho Papagaio Saubara
Grupo Cultural Queimada da Palhinha
Dia 5
Auto de Natal
Entradas e Bandeiras
A Rua e Nossa Aldeia
Terno Alvorada
Dia 6
Auto de Natal
Entradas e Bandeiras
A Rua e Nossa Aldeia
Grupo Cultural Caretas do Acupe
Dia 7
Reisado Nossa Senhora da Conceição
Banda de Pífanos de Barreiras
Banda Verde Rosa
*No período de 2 a 7 de janeiro as atrações circularão pelas ruas do Pelourinho.

3ª Convenção Baiana de Malabarismo, Circo e Arte de Rua.


A terceira edição da Convenção Baiana será realizada no período de 25 a 29 de janeiro no Circo do Capão, na Chapada Diamantina/Bahia.
A maior novidade para este ano é que vamos para perto dos morros e cachoeiras para um contato maior com a natureza no vale do Capão.
Como diz nosso conterrâneo Raul Seixas: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade”.
Venham ser cúmplice na realização desse sonho que nunca foi de um só!

AGRICULTORES DA RMS RECEBEM EQUIPAMENTO PARA PRODUÇÃO AGROALIMENTAR


Os agricultores familiares da Região Metropolitana de Salvador (RMS) atendidos pelo Programa de Agricultura Urbana e Periurbana, desenvolvido pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), receberam equipamentos que possibilitam o desenvolvimento de atividades de produção, beneficiamento a comercialização de produtos agroalimentares.
Dentre os equipamentos entregues na segunda-feira (26) estavam artigos de copa e cozinha, material de limpeza, panelas, embalagens, ferramentas, adubos, sementes, geladeiras, liquidificador e batedeiras industriais. Foram atendidas 200 famílias dos municípios de Salvador, Candeias, São Sebastião do Passé, Simões Filho, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Itaparica, Vera Cruz e Mata de São João.
Para o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles, “esta é uma oportunidade para que os agricultores que vivem nas periferias urbanas resgatem sua cidadania e vivam de forma digna, com o suor do seu trabalho”. O programa faz parte de uma política ampla, que envolve a segurança alimentar e nutricional, liderada nacionalmente pelo MDS e que visa, sobretudo, melhorar o nível de nutrição das famílias beneficiárias e gerar excedentes que possibilitem ganhos na renda familiar.
Capacitação
Segundo a coordenadora do programa, Janete Reis, além do suporte técnico, a empresa também investe na capacitação dos agricultores em diversas áreas do conhecimento, a exemplo dos cursos já ministrados sobre desenvolvimento de pessoas, associativismo e empreendedorismo, meio ambiente, nutrição e saúde, alimentação alternativa, plantas medicinais, doces e frutas, bolos e biscoitos, horticultura e galinha caipira.
O líder comunitário do município de São Sebastião do Passé, Gilson de Argolo, afirmou que a aquisição dos equipamentos é uma importante conquista. “Vai melhorar diretamente a vida de 22 famílias da minha comunidade. Teremos um complemento de renda significativo, além de ajudar no desenvolvimento econômico da cidade, tendo em vista que será possível comercializar os produtos, comprar e vender no comércio local”.

Banda da Guarda Municipal leva música a comunidades


A banda de música da Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev) há três anos vem fazendo apresentações de cunho educativo, em diversos bairros e instituições de Salvador, promovendo a integração com a comunidade através da música. Os 19 componentes conciliam os ensaios com o exercício da função de guardas municipais.

Em 2011, quando a banda foi regulamentada, as solicitações para apresentações aumentaram. Dentre as participações de destaque estão a execução do Hino Nacional, na decisão do Campeonato Baiano de Futebol, no estádio do Barradão, em maio deste ano, e a apresentação para duzentos assistidos pelo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), em junho passado.

Inclusão social - A banda também realizou este ano o projeto Doce Canção, com a proposta de levar música para as comunidades da capital baiana, inserindo a música no cotidiano das pessoas e preenchendo o tempo ocioso dos jovens e adolescentes. A atividade envolveu 30 estudantes da Escolinha Educar e Libertar, mantida pela Igreja Conversão de São Paulo, na Fazenda Grande do Retiro. Na ocasião, os estudantes aprenderam a teoria e a prática do toque dos instrumentos e, ao final, fizeram uma apresentação para a comunidade.

De acordo com Hamilton Fernando, mestre da banda, o objetivo principal é a prevenção à violência. "Somos uma guarda cidadã e, somente através da educação, podemos contribuir para a inclusão social", defendeu.

JOVENS AGRICULTORES COMERCIALIZAM PRODUÇÃO DE HORTA COMUNITÁRIA EM RIBEIRA DO POMBAL


Alface, coentro, beterraba, couve, pimentão, quiabo, cenoura e tomate orgânicos começam a ser comercializados na comunidade Poço das Varas, em Ribeira do Pombal, como resultado do projeto Cultivando Verde, que viabiliza a produção comunitária dos legumes e hortaliças. A ação de fomento à agricultura familiar é promovida pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), em parceria com a Prefeitura Municipal de Ribeira do Pombal e a Associação de Agricultores da Comunidade Poço das Varas.
Para a implantação da horta foi utilizado um terreno da associação, de aproximadamente 0,3 hectares, atrás da casa de farinha da comunidade. O projeto envolve a mão de obra das mulheres e principalmente dos jovens da comunidade. “São 25 pessoas participando desse trabalho, das quais, 18 são jovens com idade entre 16 e 20 anos”, informa a agrônoma da EBDA, Kátia Amoêdo, que presta assistência técnica ao projeto.
Segundo o agricultor José Anaílson Souza Gama, presidente da Associação Comunitária de Poço das Varas, o principal objetivo é a comercialização na própria comunidade, permitindo a todos o acesso a alimentos mais saudáveis. No próximo ano, a associação pretende disponibilizar as hortaliças para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae). “Tenho três filhos na escola e fico feliz em pensar que vamos fornecer um alimento saudável e nutritivo para nossas crianças”.
A agricultora Joselita Ribeiro de Andrade enumera os benefícios que a horta, implantada em agosto, já proporciona para ela. “Economizo dinheiro, porque não preciso ir comprar esses produtos na feira da cidade. Tenho sempre hortaliças frescas e naturais perto de casa. Meu filho, Itamário, de 19 anos, trabalha comigo e tem a oportunidade de aprender como cuidar de uma horta”.
No projeto, conforme Kátia Amoêdo, a EBDA é a responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e a capacitação dos envolvidos. A prefeitura contribui com a infraestrutura, fornece os insumos como sementes, ferramentas e a instalação do sistema de irrigação. A comunidade cedeu o espaço e disponibiliza a mão de obra. “Gostei tanto dessa experiência que já planejo fazer minha própria horta orgânica no quintal de casa, fazendo as coisas que aprendi aqui”, afirma a agricultora Marilene Andrade de Oliveira, participante do projeto junto com a filha Manoela, 16.
Sustentabilidade
Seguindo os princípios da agroecologia, nenhum produto químico é aplicado na horta, gerando uma produção 100% orgânica. As leiras recebem cobertura morta e é realizada a rotação das culturas para não desgastar o solo. A manipueira, líquido residual da prensagem da mandioca na produção da casa de farinha, é utilizada na adubação e como defensivo natural na horta. “Com o uso da manipueira e da urina de vaca foi feito o controle das pragas, e nenhuma doença foi detectada nas hortaliças até o momento”, explica Amoêdo.
A horta foi planejada para ser autossustentável, por intermédio da capacitação realizada pela EBDA, para produção de sementes e mudas pelos próprios agricultores. “A perspectiva para o futuro é de gerar renda na comercialização das hortaliças com o objetivo de investir na manutenção da própria horta e dividir o lucro entre os jovens que trabalham aqui como forma de incentivo e reconhecimento pelo esforço”, enfatiza o agricultor Anaílson.

Desafios na Captação de Recursos pelas Organizações do Terceiro Setor


Em um ambiente incerto, de constantes transformações, com acentuada e crítica situação social, onde a desigualdade, lamentavelmente ainda é uma triste constatação, temos, nesse contexto, um fenômeno social que muitos estudiosos apresentam como promissor, que cresce consideravelmente no mundo e também em todo Brasil. Fenômeno chamado de terceiro setor – organização com objetivo social -, que necessita de atenção e dedicação para que se torne um grande feito para a sociedade na ausência ou omissão do poder público, em questões sociais.
Como o terceiro setor trabalha, também, com a linha de voluntariado e com a premissa básica de não obter lucros, as dificuldades na gestão dessas organizações estão em discussão constante, pois nem sempre as doações de benfeitores, pessoas físicas e jurídicas, ou mesmo a ajuda dos próprios colaboradores, são suficientes para manter o bom funcionamento das organizações e de seus projetos. Dessa forma, destaca-se a importância de criar-se plano eficaz de captação de recursos, que seja capaz de cobrir as necessidades da organização, bem como proporcionar os resultados esperados.
Em pesquisa feita na cidade de Campinas, observou-se que a maioria das organizações do terceiro setor pesquisadas não tem plano formal de captação de recursos, ou até mesmo, desconhecem a estrutura para realização de plano ou ação formal de captação, contudo, buscam recursos de fontes variadas, aleatoriamente e emergencialmente, ou seja, se empenham em angariar recursos quando a necessidade é imediata, não ocorrendo estratégia de captação, com foco no longo prazo. Para todas as organizações pesquisadas, a diretoria é responsável pela aprovação de planos de captação de recursos, porém quando o assunto é controle, a diretoria trabalha em conjunto com o departamento financeiro. Todos os recursos captados destinam-se as atividades fim, de maneira direta e/ou indireta, isto é, os recursos também são utilizados para manutenção da entidade. Após análise dos resultados da pesquisa, constatou-se que dentre as organizações pesquisadas a grande maioria não tem uma estratégia para captação de recursos bem estruturada.  Pode-se concluir que o observado na pesquisa, explica-se, basicamente, por dois motivos: 1º) são organizações recentes no cenário social atual, sendo que, no Brasil, começam a ter destaque a partir de 2000, sem base conceitual definida para a concepção de sua estrutura orgânica e, 2º) não possuem, na sua grande maioria, profissionais preparados para o planejamento e implementação de plano de captação de recursos. Assim é possível afirmar, que a gestão do terceiro setor ainda não possui uma construção teórica própria, explicado, em parte, por ser recente sua existência, o que se traduz, ainda, em incipientes pesquisas teóricas e aplicações práticas. Tal constatação permite-nos concluir que administrar sem capacidade técnica de gestão, é um fator negativo, independente do seguimento da organização.
Ter o plano de captação de recursos bem definido, é de suma importância. O controle de elaboração desse plano também merece atenção especial, pois será exatamente daí que surgirão novas oportunidades de captação.
Elton Praxedes Carvalho da Silva – @graduando do curso de Bacharelado em Administração da Faculdade INPG Campinas