segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Da prática aos bastidores, programa mostra as dificuldades da reportagem



Ir às ruas para mostrar diferentes ângulos do mesmo fato, deixando a cargo do repórter a missão de cumprir todas as etapas de realização, desde a reportagem quanto à finalização. Foi com essa proposta que o 'Profissão Repórter' surgiu e trouxe aos telespectadores os bastidores da notícia. Com estreia ainda tímida dentro do 'Fantástico' - nasceu como quadro do dominical -, o jornalístico ganhou "vida própria" em 2008, quando passou a ser exibido às terças-feiras a noite.
fotoprep
Equipe Profissão Repórter (Imagem: Divulgação/Globo)
 O programa, comandado por Caco Barcelos, mostra, desde então, que para ser repórter é preciso ter "faro para a notícia, sensibilidade, paciência, persistência e clareza", como afirma a repórter Eliane Scardovelli, que faz parte da atração desde 2010. A jovem, que entrou na emissora como estagiária em 2009, acredita que o modelo do programa pode ajudar os jornalistas. "Explicitar os caminhos de uma matéria pode torná-la mais interessante e ajuda a aproximar o repórter do público", conta.

Diante dos desafios que surgem no dia a dia, Eliane conta ao Comunique-se que, inevitavelmente, ir às ruas e ver de perto os acontecimentos acabam marcando o repórter, mas ressalta o caso de Luana, ex-presidiária que ficou detida dos 18 aos 22 anos condenada por assaltar um ônibus. "Acompanhei essa história cheia de reviravoltas por três meses. É um privilégio ter tempo para mostrar a transformação na vida das pessoas em uma reportagem".

O trabalho jornalístico, para Eliane, deve ter um papel cada vez mais importante e a criatividade será a grande aliada. "Com tantas opções de veículos de comunicação e tantas matérias replicadas por aí, o profissional de destaque será aquele que vai contar a mesma história de uma forma diferente dos demais", revela.
Fonte; Comunique-se

"Não tem como ser assessor sem antes ser repórter”, afirma Márcio Trevisan



Ele trabalhou como repórter do jornal A Gazeta Esportiva e hoje se dedica à assessoria. Márcio Trevisan tem mais de vinte anos dedicado ao jornalismo e afirma que o trabalho de reportagem é essencial ao profissional que quer trabalhar com comunicação. Aos onze anos, já era certo que Trevisan seria jornalista.

Trevisan
Trevisan: da redação à assessoria. (Imagem: Arquivo Pessoal)
Formado pela faculdade Cásper Libero, o profissional queria trabalhar com rádio, mas a vida o levou para o impresso, onde atuou como repórter e editor. "Quando estava na Gazeta, lembro que eu falava que queria morrer repórter. Mas a vida nos leva para caminhos que não imaginamos", conta.

Atual assessor de comunicação do Grupo Educacional Uniesp, o jornalista ressalta como foi importante passar pela reportagem. "Não tem como ser assessor sem antes ser repórter. Somente quando você é repórter é que entende a postura e necessidade do jornalista e, assim, você pode prestar uma assessoria melhor", explica.
Trevisan, ao falar do jornalismo brasileiro, vê o momento com preocupação, já que é assustador “entrar nos sites e ler as mesmas notícias”. “Os títulos me deixam de ‘cabelo em pé’. Está caindo muito o nível dos jornalistas e, hoje, é difícil apontar um nome de um repórter fera. Na minha época éramos todos famosos”, diz. Otimista, ele acredita em melhoras, mas teme que as dificuldades levem os “focas” à assessoria antes da reportagem.
Fonte; Comunique-se

Durante o carnaval, portais investem em fotografia para informar



Como nos anos anteriores, os portais jornalísticos prepararam espaço dedicado à cobertura do carnaval 2012. Além dos jornalistas escalados, a folia deve render muito trabalho aos fotógrafos – que ficarão responsáveis pelas imagens que vão para os sites.
Em meio a novidades, a diretora-executiva do Band.com.br, Eliane Leme, disse que, neste ano, o trabalho conjunto entre as mídias é prioridade e que, no online, as fotos vão ganhar destaque. “O carnaval é visual e acredito que uma imagem fala mais que mil palavras. O áudio e as imagens serão muito importantes para a cobertura da Band”.
Fonte: Comunique-se
A observação da diretora é comprovada em outras coberturas. No ano passado, G1, R7, Terra, UOL e outros investiram na fotografia para a produção de conteúdo para o online. “Na Band, o público poderá escolher qual cobertura que quer acompanhar: rádio, TV ou online. Tudo estará disponível no site e há uma integração maior entre as mídias”, conta Eliane.
band

Durante o carnaval, portais investem em fotografia para informar



Como nos anos anteriores, os portais jornalísticos prepararam espaço dedicado à cobertura do carnaval 2012. Além dos jornalistas escalados, a folia deve render muito trabalho aos fotógrafos – que ficarão responsáveis pelas imagens que vão para os sites.
Em meio a novidades, a diretora-executiva do Band.com.br, Eliane Leme, disse que, neste ano, o trabalho conjunto entre as mídias é prioridade e que, no online, as fotos vão ganhar destaque. “O carnaval é visual e acredito que uma imagem fala mais que mil palavras. O áudio e as imagens serão muito importantes para a cobertura da Band”.
A observação da diretora é comprovada em outras coberturas. No ano passado, G1, R7, Terra, UOL e outros investiram na fotografia para a produção de conteúdo para o online. “Na Band, o público poderá escolher qual cobertura que quer acompanhar: rádio, TV ou online. Tudo estará disponível no site e há uma integração maior entre as mídias”, conta Eliane.
band

Palmeiras espera estrear WebTV em 60 dias



O assunto "WebTV" segue sem definição noPalmeiras. Apesar de ‘prometida’ desde junho de 2011, o projeto ainda não foi concluído. Porém, dessa vez, afirma-se que o parceiro, necessário para colocá-la em funcionamento, já foi escolhido, segundo informações da Máquina do Esporte. "Nós fizemos uma eleição, houve processo de avaliação de várias propostas, e já escolhemos esse parceiro, mas ainda não formalizamos", conta Newton Lavieri, diretor decomunicação e propaganda palmeirense e principal responsável pelo projeto. O nome dessa empresa não será revelado até que os documentos sejam devidamente assinados, mas, segundo ele, apenas a assinatura do contrato está pendente.


Agora, uma vez escolhida a empresa que irá administrar a parte comercial, isto é, a que terá a responsabilidade de conseguir capitalizar a WebTV por meio da venda de anúncios, entre outras possibilidades, a expectativa é que o canal seja posto nainternet até meados de abril. "Vamos começar com utilidades básicas, porque não dá para ocupar as 24 horas do dia a princípio, mas ela estará no ar em 60 dias", afirma o dirigente alviverde.

EBC se retrata; e o “resto” da mídia



Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) divulgou comunicado oficial em que admitiu o seu erro ao noticiar a ocorrência de mortes durante a violenta ação da PM de São Paulo na desocupação dos moradores do bairro do Pinheirinho, em 22 de janeiro. “Não houve a devida checagem da veracidade da informação sobre supostos mortos na operação”, afirma a nota.
A informação equivocada foi divulgada por vários veículos – chegou até a ocupar a manchete do sítio do UOL, do Grupo Folha. Ela teve como fonte a entrevista do advogado Aristeu César Pinto Neto, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São José dos Campos. Nos dias da desocupação, ele recebeu relatos sobre mortos e feridos e, no calor do confronto, repercutiu as denúncias. Posteriormente, o advogado pediu desculpas pelas acusações, mas não recuou nas críticas à violenta ação da PM.

Urubus da mídia não toleram competição

A EBC, empresa pública responsável pela TV Brasil, Agência Brasil e outros veículos, não vacilou em se retratar. Conforme aponta a nota, não houve má-fé ou interesse político na denúncia, que foi publicada pela agência, mas não foi exibida na TV Brasil. “O que ocorreu foi um erro jornalístico diante de uma situação de poucas e controversas informações em uma situação tumultuada”.

Diante do erro e da retratação pública, os urubus da mídia privada passaram a bombardear a rede pública. “Calunistas” garantem que a EBC visou desgastar o “intocável” governador tucano Geraldo Alckmin, protegido de Deus e seguidor do Opus Dei. Dizem, ainda, que o caso revela a péssima qualidade jornalística do sistema público de comunicação e aproveitam para, pela enésima vez, propor o fechamento da EBC. A “mídia privada” nunca tolerou a concorrência do setor público.

Mídia privada virou latrina

Estes “calunistas” regiamente pagos deveriam, antes, olhar o próprio rabo. Quem são eles para falar de “qualidade jornalística”? A mídia “privada” nativa virou uma latrina. Seus profissionais, totalmente precarizados, fabricam notícias às pressas com o único objetivo de garantir audiência e tiragem. Nas ditaduras que imperam nas redações, eles são forçados a seguir a linha editorial dos patrões. “A única liberdade de imprensa existente nas redações é a dos donos dos jornais”, já havia advertido Cláudio Abramo.

Os erros na cobertura jornalística se acumulam em todas as editoriais, seja nas notícias policiais – inclusive no caso Eloá Pimentel, com o seu sensacionalismo criminoso – ou nas “análises econômicas”, escritas por serviçais dos banqueiros. No terreno da política o que predomina a visão partidarizada dos acontecimentos, com a mídia ocupando o papel de autêntico partido da direita. Diante dos graves e constantes erros, o máximo que as corporações midiáticas fazem é publicar “notinhas” com erratas.

E a desculpa pelas capas da Veja?

Será que um dia, quem sabe, a Folha irá se retratar da capa que exibiu a ficha policial falsa de Dilma Rousseff? Será que ela pedirá desculpas pelo artigo que acusou, sem qualquer prova, o ex-presidente Lula de ter tentado estuprar um companheiro de cela durante a ditadura? Quando o Estadão reconhecerá os abusos nos seus editoriais raivosos, histéricos? Será que a TV Globo pedirá desculpa pela palhaçada da “bolinha de papel” que quase matou José Serra? E a Veja, quando vai se retratar das capas abaixo:



“Concessão” é igual à “privatização”? A mídia hegemônica nos dá um exemplo…



17FEV
O artigo a seguir é uma colaboração especial de Rodrigo Cardia*
A polêmica dos últimos dias na área da política é quanto à “concessão” de três aeroportos (Guarulhos, Campinas e Brasília) à iniciativa privada. Afinal, foi privatização ou não?
Para os defensores mais ferrenhos do governo Dilma, não houve uma privatização, visto que os aeroportos não se tornaram empresas totalmente privadas, mas sim, passaram a ter 51% de seu capital privado e 49% público. (Embora me pareça lógico que os interesses privados prevalecerão: desde quando 49 é maior que 51?)
A verdade é que o termo “concessão” é mais palatável que “privatização”, associado ao desmonte do Estado empreendido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e, mais recentemente, à roubalheira denunciada no livro “A Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr. Justamente porque dá a entender que trata-se de patrimônio público cuja administração é cedida à iniciativa privada, e não de transferência de patrimônio do poder público para mãos privadas. Assim, o governo poderia retomá-lo em caso de irregularidades cometida por parte da concessionária. Porém, como bem sabemos, não é assim que funciona no Brasil. E a questão das concessões de rádio e televisão nos oferece um ótimo exemplo disso.
Os canais que assistimos na televisão aberta (assim como as rádios que ouvimos) são concessões públicas para que empresas, na maioria privadas, os explorem. Elas têm prazo de validade, e após seu vencimento podem ser renovadas pelo governo – ou não.
Porém, não sei se alguma vez aconteceu no Brasil algo semelhante ao que se passou em 2007 na Venezuela, quando o presidente Hugo Chávez não renovou a concessão da RCTV. Em maio daquele ano, a licença para que a emissora transmitisse seu sinal para a televisão aberta vencia. E o governo venezuelano decidiu não renová-la, substituindo-a por um canal público, a TVes (Televisora Venezolana Social). A justificativa foi o apoio da RCTV, principal emissora privada do país, ao golpe militar que em abril de 2002 afastou Chávez da presidência por dois dias. O que quer dizer que o presidente venezuelano não agiu de forma autoritária coisa nenhuma, já que esperou a concessão da emissora vencer: o golpe poderia muito bem ter servido de justificativa para cassar a licença da RCTV já em 2002.
Ou seja, na Venezuela as empresas que exploram os sinais de televisão e rádio podem ser privadas, mas o sinal é, de fato, público. O Estado pode se fazer presente, como de fato se fez em 2007, ao não renovar a concessão da emissora. Pode-se até questionar os critérios de Chávez para não renovar concessões (embora não me pareça lógico um defensor da democracia discordar da medida quando o canal em questão apoiou uma ruptura da ordem democrática), mas as emissoras não podem agir como se o sinal aberto fosse propriedade privada delas.
Já no Brasil, o que acontece? Embora legalmente os canais privados sejam também concessões públicas para que empresas os explorem, na prática boa parte do espectro eletromagnético é propriedade privada: as renovações de licenças se dão de forma quase automática (jamais se cogitou, por exemplo, não renovar a concessão da Rede Globo). As emissoras fazem literalmente “o que querem”, e à qualquer tentativa de regulação, gritam contra a “censura”. Para se ter uma ideia, em 30 de setembro de 2011 um canal de TV na Paraíba exibiu, à tarde (!), cenas de um estupro de uma menina de 13 anos; o MPF pediu a cassação da concessão da emissora, medida à qual o diretor da empresa detentora da licença reagiu com o ridículo argumento de “cerceamento à liberdade de expressão”. Obviamente a emissora continua transmitindo sua programação, como se nada tivesse acontecido…
Agora, me digam: dá para acreditar que, na prática, os aeroportos não foram privatizados? Ainda mais que a lei federal nº 9.491/97, que norteou o Programa Nacional de Desestatização do governo FHC, prevê que em seu artigo 2º, inciso III, que “serviços públicos objeto de concessão, permissão ou autorização” poderão ser “objeto de desestatização” – ou seja, privatização.
E olha que, como mostrei, a lei nem chega a ser necessária para privatizar os aeroportos “concedidos”, visto que as concessões de canais abertos de televisão e estações de rádio para exploração por empresas privadas são, na prática, propriedade privada destas.
* Rodrigo Cardia é historiador, diagramador do Jornalismo B Impresso e autor do blog Cão Uivador.

10 tendências para a mídia digital em 2012





Dean Donaldson, Diretor Global de Inovação de Mídia


O ano de 2011 já ficou para trás. De agora em diante, temos pela frente 12 meses que prometem ser intensos para o mundo online. Mas o que realmente vem por aí? Tenho certeza que no decorrer de 2012 vamos nos deparar com algumas novidades bastante interessantes. Portanto, reuni uma dezena de projeções que deverão marcar o ano que apenas começou.

1. HTML 5
Sem sombra de dúvida, a principal tendência para 2012 será um movimento para abraçar defifinitamente o HTML5, principalmente agora que a Adobe matou o Flash para mobile. Ainda dando os primeiros passos para atingir um bom padrão de navegação, os esforços da indústria vão se concentrar na compreensão dos benefícios do HTML 5 em relação ao Flash.

2. Rich Media para Mobile
Graças ao aumento do tempo gasto na navegação na Internet a partir de dispositivos móveis como smartphones e tablets, a publicidade deverá explorar novas oportunidades. No entanto, vale uma ressalva: o mercado deverá distinguir os anúncios padrão em 3G e peças Rich Media para o usuário que fará um download ou estará conectado a uma rede wi-fi.

3. Facebook Apps
A pedra no sapato para o Facebook deslanchar de vez é dar às marcas mais oportunidades e visibilidade aos usuários de mobile de sua imensa base de dados. Como a rede social de Mark Zuckerberg lançou novamente sua oferta para incorporar aplicativos HTML 5, creio que os anunciantes conseguiram explorar com mais força seu potencial, uma vez que as agências são capazes de calcular o aumento da exposição até de marcas consideradas condenadas.

4. Cupons sob medida
As principais discussões a respeito das atividades baseadas em Marketing de Resposta Direta vão girar em torno de como dar o próximo passo depois de o usuário clicar na peça publicitária. Então, quais seriam as melhores maneiras de maximizar a resposta do consumidor? Anúncios direcionados online, aplicativos móveis para Mídias Sociais e QRs Codes em outdoors ou na tela de TVs são apenas algumas das opções. As agências vão buscar tecnologias para movimentar o inventário da publicidade display tentando sempre aproximá-la do funil de compra, mas isso talvez só signifique mais cupons.

5. Social Buzz
Já se aceita há um bom tempo que a publicidade display leva o usuário a utilizar sites de busca para obter mais informações sobre um produto, serviço ou marca. No entanto, parece que a Mídia Social (Social Media em inglês) está mobilizando as pessoas com os mais diversos interesses, independente se o foco é o offline ou o online. O buzz provocado por ações de marca realizadas através de mídias sociais alcançará uma nova dimensão durante 2012.

6. Marcas como Publishers
Algumas marcas já fazem mais sucesso no Facebook e no Twitter que em mídias tradicionais e até em publishers consagrados. Por essa razão agências e anunciantes não medirão esforços para manter os consumidores finais engajados. Espere para ver marcas produzindo conteúdos exclusivos e procurando por novas maneiras de comercializar seu próprio inventário.

7. Dupla Projeção
A interação com conteúdos disponíveis em uma tela próxima a você relacionados à exibição linear de um vídeo em uma grande tela pública se tornará cada vez mais comum. Esse fenômeno ganhará proeminência e vai atrair anúnciantes a desenvolverem conteúdos interligados, permitindo uma experiência de marca ainda mais profunda para as pessoas que optaram por assistir a um vídeo e interagir com ele a partir de um tablet ou smartphone.

8. Planeta dos TV Apps
Com uma base de consumidores em constante transformação, que atualmente migra do conteúdo sob demanda para o conteúdo em movimento, os proprietários de mídia buscam adotar e monetizar aplicativos para navegadores com os mais diversos conteúdos. Jornais e revistas ampliam a oferta de aplicativos em grande velocidade. E, mais recentemente, canais de televisão também começaram a adotar essa estratégia.

9. Mensuração Cross-Media
Seja na China ou nos Estados Unidos, as agências já compram alcance combinado através de canais de TV e mídia online através de um único iGRP (Interior Gateway Routing Protocol). Por conta dessa nova realidade, as divisões de mídia estão começando a se despedaçar. Algumas questões sobre metodologia vão dominar as discussões e serão debatidas incansavelmente. Porém, a necessidade de consolidação deverá se sobrepor. Espere por compradores de TV e mídia online se esforçando para aprender cada tipo de linguagem.

10. Marca d’Água de Áudio
Minha principal dica se refere à marca d’água de áudio. Essa tecnologia não deverá apenas fazer sua estreia em 2012. Acredito que ela vai se tornar a estrela do ano. Saber quem está em uma sala conectado à TV com um dispositivo móvel via sinais de áudio de alta frequência, além de desafiar os mecanismos de medição de audiência, também vai pavimentar o caminho para a criação de novos anúncios direcionados ao consumidor desejado através de canais de mídia conectados entre si. Naturalmente, questões sobre privacidade vão se transformar em manchetes. Entretanto, o compartilhamento de conteúdos em redes sociais e a projeção são dois aspectos que poderão equilibrar a discussão. Tempos interessantes estão por vir!

Regulação da Midia


O ministro Paulo Bernardo, ao que parece, é o ministro Hélio Costa renascido, mas sem a vasta e grisalha cabeleira global. Apóia todas as demandas dos oligopólios, desde o impedimento de “regulação de conteúdo”, à esparrela de controlar capital estrangeiro em sites jornalísticos na internet. Nem uma palavra sobre a única questão que realmente interessa nessa discussão, que é a proibição, pura e simples, da propriedade cruzada.
Esse sistema, pilar do poder dos conglomerados de comunicação do país, permite às organizações de mídia controlar jornais, rádios, TVs e portais de internet, tudo ao mesmo tempo. Sistema que coíbe a concorrência, impõe pensamento único, cala as divergências e torna invisíveis os movimentos sociais e populares. É uma ditadura, curiosamente, consolidada sob o refúgio de uma falsa liberdade de imprensa e de expressão – dois conceitos diferentes, mas deliberadamente misturados para interditar essa discussão.
O próprio conceito de “regulação de conteúdo” é colocado de forma enviesada, de maneira a se confundir com censura, inclusive de veículos impressos e de internet, quando, na verdade, diz respeito apenas às concessões de radiodifusão. Sequer se trata de censura prévia, mas de normatização de um espaço público dominado, atualmente, pela baixaria e pela manipulação informativa. Sem falar na questão da classificação de horário por faixa etária, da qual o governo Lula, depois de fazer um longo estudo, abriu mão por pressão das grandes emissoras de TV.
Sobre a questão do capital estrangeiro na internet, tudo beira a piada e a um desconhecimento grotesco da dinâmica da rede. A internet é universal e transnacional por natureza. Eu posso montar uma empresa em Miami e só publicar matérias sobre o Brasil, a partir de uma equipe free lancer contratada em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os oligopólios da mídia estão se pelando de medo é das telefônicas, que têm potencial e dinheiro para criar uma nova política de conteúdo na rede, longe das amarras dos velhos esquemas. É sobre isso que o governo e o Congresso Nacional devem legislar, e não ficar fazendo a vontade dos barões da mídia. Senão, caminharemos, como de costume, para a submissão e o abismo das oportunidades perdidas.
Fonte: Blog doLeandro Fortes

Modelo de agências de mídia social vai precisar evoluir



Trabalhar a comunicação do cliente de forma pouco responsável, com métricas difusas e foco frouxo não tem futuro. Cliques são legais, mas o principal são os resultados.
O empresário ou diretor de marketing que teve a oportunidade de negociar com uma agência de mídia social provavelmente tem ideia do que vou escrever, para ele isso não é novidade alguma: o modelo de agência de mídia social que é adotado pela maioria das empresas está fadado ao fracasso. Os resultados pífios são um sintoma de um problema incrustado na mentalidade dos profissionais.
O mercado corporativo não gasta dinheiro com comunicação, ao contrário, gastos são cortados como unhas, com revisão periódica. Calma, não estou ignorando todas as campanhas feitas para divulgar os produtos e serviços… Quando esse tipo de despesa tem previsão de retorno para a corporação ele é chamado de investimento, o que é muito diferente de gasto.
Agências tradicionais de publicidade e marketing já aprenderam uma grande lição: pouco adianta fazer aquela campanha super criativa, envolvente, ganhadora de prêmios, mas que não vende um parafuso. Para o terceiro setor e para a gestão pública as métricas são diferentes, mas o mundo capitalista é matemático: vendeu, permanece; não vendeu, corta.

Foco no retorno sobre o investimento?

É aí que as agências de mídia social apanham como criança que faz travessura dentro da igreja, falta maturidade no entendimento de sua finalidade.
Por dar treinamento para agências pude notar onde o problema começa: para boa parte delas, engajar pessoas é a coisa mais bacana que pode acontecer, planejar projetos focados em obter menções positivas e um número grande de “likes” e “RTs” é o objetivo.
Emplacar uma hashtag (um termo qualquer) nos Trend Topics do Twitter (uma espécie de lista dos termos mais quentes no momento) é visto como uma grande vitória da marca.
Não me recordo bem qual o ano, mas durante um bom tempo uma hashtag conhecida como “#forasarney” ficou lá nos assuntos mais quentes da ferramenta como uma forma de pressão para que o distinto senador renunciasse ou fosse destituído.
Resultado: nenhum, Sarney está lá firme e forte! De quebra ainda contratou um especialista para organizar comitiva de influenciadores à Brasília, que, obviamente, enfiaram o rabo no meio das pernas diante do senador. Pensando bem, houve um resultado, o especialista ganhou dinheiro.
Muito se fala em calcular o ROI (retorno sobre gasto, investimento) da mídia social, mas é claro que ninguém consegue. Pensando bem, não é que falta capacidade de mensurar os resultados, talvez falte coragem para dizer ao cliente que o dinheiro investido dele traduziu-se em um punhado de cliques.

De quem é a culpa: da mídia, das agências, dos clientes ou dos produtos?

O problema não está na mídia social, muito menos nos produtos. O meio, se bem utilizado, pode sim trazer muito retorno a quem investe. Se não é da mídia, de quem é a responsabilidade pelo baixo retorno?
A agência tem a maior parcela, por não trabalhar de forma organizada e focada na obtenção de resultados práticos, abrir mão de contratar e/ou treinar mão de obra qualificada e vender o sonho encantando de que tudo dará certo se a empresa engajar consumidores. Ela se esquece apenas de quantificar quantos serão e como eles impactarão no resultado final.
O cliente também tem sua parcela, menor do que a da agência, mas tem. Ao relegar ao meio digital migalhas do seu orçamento é obrigado a trabalhar com enroladores profissionais. Raro é o cliente que destina uma verba substancial, define os objetivos com clareza, exige pesquisa, planejamento e métricas de uma agência.
O fato é que a torneira está se fechando. Li em outro artigo que as startups de mídia social estão morrendo, não poderia ser diferente. Enquanto o trabalho for realizado de forma pouco responsável como se fosse lazer, não há porque ter valor agregado em sua remuneração.[Webinsider]