quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Globo testa tablóide

O pessoal da direção do JORNAL DO BRASIL viveu uma agitação especial na semana passada com o exame minucioso de um exemplar em formato tablóide de O GLOBO. Era uma edição experimental, distribuída a um grupo selecionado de assinantes, aparentemente um teste para medir a reação do público a uma mudança de formato. O próprio JB também é hoje um tablóide, mas a circulação posterior não permite uma comparação adequada. Após cortes de pessoal e outras medidas equivocadas, nenhum analista sério poderia dizer se o novo formato agravou ou vem suavizando a trajetória de decadência do jornal. O DIA, que já foi o mais vendido no País, buscando reverter mais uma significativa queda de circulação no ano passado, desde a edição de 20/03, busca recuperar-se como tablóide. Os primeiros números não são animadores, mas ainda é cedo para uma avaliação sobre o acerto ou não da mudança.. O diretor de redação de O GLOBO, Rodolfo Fernandes, desmentiu formalmente à reportagem de Comunique-se a hipótese de que a edição experimental tenha sido um teste para eventual mudança de formato do jornal: “O GLOBO está permanentemente analisando as tendências de mercado, em fóruns permanentes, como a WAN (World Association of Newspapers), ou em troca de informações com as principais publicações no exterior. Portanto, jamais adotaria o formato tablóide, identificado no mundo inteiro com um segmento de mercado diferente do que ele atua.” A afirmação de Fernandes sobre a identificação do formato tablóide com um segmento diferente de O GLOBO foi verdadeira até algum tempo atrás. Mas hoje vários jornais dirigidos ao público mais qualificado, como os britânicos The Times e The Independent, já se tornaram tablóides. E, no Rio Grande do Sul, um tablóide – ZERO HORA – está no time nos jornais classe A desde seu lançamento e é o jornal proporcionalmente mais lido do País, se a circulação for comparada com o mercado atingido. Mas, como Fernandes foi peremptório no desmentido, restam duas explicações para as edições experimentais (há informações seguras sobre outras, que circularam apenas internamente, sob a designação genérica de “testes de máquina). Também há quem afirme que a direção da empresa está preocupada com os fracos resultados do DIÁRIO DE S. PAULO e os testes fariam parte de preparativos para a mudança de formato da fracassada – pelo menos até agora – tentativa da Infoglobo de botar um pezinho em território paulista. Ou (aqui acrescento um simples palpite) não se pode esquecer que o formato tablóide poderia ser uma boa proposta para guindar a circulação do EXTRA ao primeiro lugar em circulação no Brasil.
Fonte; Comunique-se

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