quarta-feira, 16 de junho de 2010

Jovens com a corda no pescoço

Há poucos dias li uma matéria sobre um tema bastante grave e que tinha a seguinte manchete: cresce o número de jovens e de maiores de 50 anos com restrições de crédito ou com endividamento.

Há cinco anos um pesquisa no Reino Unido já dava conta da enorme quantidade de jovens estudantes com dívidas em cartões de crédito que chegavam a mais de 30 mil dólares (cerca de 60 mil reais).

Uma pessoa começando a vida.

E começando envidividada.

E a dívida diz respeito à aquisição tão somente de bens de consumo e farras. Não foi contraída para a compra de um imóvel ou de um investimento econômico.

E aqui no Brasil os jovens vão consumindo: celulares, festas, abadás, viagens, relógios, roupas, tênis etc.

E dívida com operadoras de cartões de crédito, bancos ou financeiras, com o perdão do jargão repetido: são verdadeiras bolas de neve! Uma avalanche, eu diria!

Há outro fator ainda para esse endividamento dos jovens brasileiros que não ocorre com os britânicos: faculdade.

Dizem que o “mercado exige um diploma” e como em cada esquina tem uma faculdade, e muitas empresas contratam estagiários e não mais empregados, uma enorme parcela de nossa população correu para os cursos de nível superior (expressão questionável, dado o nível da maioria das escolas de terceiro grau, mas isso é outra estória). E muitos que entraram não tinham condição alguma de pagar. Resultado: contratos de financimento, inadimplência e FIES (ou EDF - Empurrando a Dívida para Frente).

Daí que nossos jovens vivem “argolados” e sem perspectivas de sanar essas dívidas em curto ou médio prazo, salvo raríssimas exceções.

Quanto aos maiores de 50 anos, alguns fatores podem explicar esse crescente endividamento:

- ajudar os seus filhos e netos a pagar suas próprias dívidas,

- dificuldade em obter novas colocações no mercado de trabalho,

- em alguns casos, desorganização econômica, em outras palavras: não se preocupou com o futuro (não poupou),

- excesso de financimentos.

Como sempre escrevo aqui: cuidado com financiamentos, crédito fácil e parcelamentos. Economize e compre à vista. Contenha o impulso de consumir. Antes de comprar pense se está no momento de fazer aquela aquisição.

Para os consumidores compulsivos e mesmo para os mais comedidos, mas que adoram parcelar, anotem: os juros estão subindo! Um produto financiado pode custar até 50% a menos se adquirido à vista.

Fonte; Blog do Consumidor

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