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Em um contexto difícil para as organizações governamentais do país, depois das denúncias de irregularidades nos convênios dos Ministérios do Esporte e do Trabalho, surge em Sorocaba um movimento pela valorização das entidades que fazem trabalhos sérios pelas comunidades.
Fundada em 2006, a Uniong (União das Organizações Não Governamentais) surgiu depois de conversas informais entre dirigentes de entidades. Projeto Pérola, SOS, Lua Nova, Reviver, GPACI, Coeso, Dispensário Irmã Sheila, CIM Mulher, Casa do Menor e Cáritas são algumas das associadas. “Pensamos em um espaço para propor ideias em conjunto. A associação ajuda a captar os recursos. É um instrumento para viabilizar parcerias com pessoas, empresas e governos”, diz Maria Regina de Carvalho Medeiros, atual presidente da Uniong, e coordenadora da Oficina Azul, que atende crianças e adolescentes da Vila Hortência. “Queremos melhorar a imagem da imagem da ONG, manchada por uma onda negativa que vem de cima. Tem gente que se aproveita de ONG para ganhar dinheiro fácil.”
Maria Regina ressalta que é difícil conseguir verba para projetos importantes e que a captação de recursos ficou ainda mais complicada depois das denúncias ao Ministério do Esporte. “O mau exemplo dificulta a todas as ONGs. A maioria é competente, principalmente em Sorocaba”, afirma Maria Regina. “A burocracia para captar é absurda. A crise piorou tudo. Vamos ajudar as ONGs a superar essa fase ruim.”
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