quinta-feira, 17 de maio de 2012

Compras governamentais dão impulso à cooperativa da Bahia



Compras governamentais dão impulso à cooperativa da BahiaAmpliar
  • Cooperativa tem aproximadamente 180 integrantes/MDA
Além da regularidade e do volume, vendas garantem um bom preço
As encomendas regulares para os programas de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA) dão escala para a produção da Cooperativa de Produção, Comercialização e Serviços Padre Leopoldo Garcia Garcia (Cooperagil). “As vendas para os dois programas têm uma importância imensa”, conta Júnior Oliveira da Silva Araújo, 22, jovem agricultor familiar que é secretário da Cooperagil. 
Para atender à demanda das compras públicas do governo federal, a Cooperagil tem um centro de produção em Barra (BA) e outro, a sete quilômetros de distância, na comunidade de Nova Esperança, que abriga cerca de mil pessoas dos pouco mais de cinco mil habitantes de Ichu (BA). “Os grupos produtivos da comunidade não tinham apoio nenhum. Criamos a cooperativa para organizar, comercializar e valorizar nossa produção”, diz Júnior. A Cooperagil tem hoje aproximadamente 180 integrantes.
O Pnae e o PAA absorvem cerca de três mil quilos da produção mensal de quatro mil quilos da Cooperagil, que faz polpas de frutas de goiaba, umbu, manga, cajá, maracujá, acerola e abacaxi, além de cocadas de coco, maracujá e goiaba. Além da regularidade e do volume, as vendas para os programas garantem um bom preço pelas polpas: R$ 5 o quilo, o mesmo preço das vendas no varejo da região.
Sequilhos - A Cooperagil produz ainda sequilhos em Nova Esperança. Assim como em Barra, o imóvel é uma escola municipal desativada, cedida pela prefeitura de Ichu. O espaço é dividido com o Centro Comunitário São João de Deus, instituição "irmã" da cooperativa.
Na unidade de Nova Esperança são feitos sequilhos de diversos sabores, como goma, maracujá, cebola e batata-doce.  A diretora do centro e membro da Cooperagil, Gilvânia Araújo da Silva, de 28 anos, é uma das 23 mulheres que trabalham na produção de sequilhos. De acordo com ela, o centro produz aproximadamente 100 quilos dos biscoitos por semana, vendidos a R$ 7,50 por quilo. Gilvânia conta que os programas ajudam muito a entidade, pois garantem dinheiro certo no fim do mês. “O trabalho conjunto é muito bom. Produzimos melhor do que sozinhas”, explica Maria Lenice Silva de Oliveira, de 37 anos. Junto com o marido, ajudante de pedreiro, ela também planta milho e feijão, em sua maior parte para consumo próprio.
Produção de polpa de frutas é principal fonte de renda
A cooperativa garante boa parte da renda de seus associados. “Tem meses que dá pra cada uma tirar mais de um salário mínimo. Ajuda e muito", conta Celidalva Soares de Oliveira, produtora rural e trabalhadora do centro de Barra. Quando é época, a agricultora familiar colhe acerola, manga e goiaba na terra da família. Para cuidar melhor da produção, ela contou, assim como a Cooperagil, com ajuda da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) oferecida pelo MDA. 
Além da renda gerada, a agricultora aponta outra vantagem das vendas para escolas municipais: elas hoje sabem o que os filhos estão comendo no lanche do colégio. "Antigamente era tudo industrializado na merenda escolar. Hoje não, a gente sabe de onde está vindo", alega.

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