segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sindilimp-BA faz dossiê sobre situação da limpeza urbana na Bahia

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação,
Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA), após a aprovação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no dia 2 de agosto, está mobilizada, em conjunto com a Fetralimp-BA (Federação
dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia), para verificar e relatar a questão
de limpeza urbana e o déficit existente na Bahia em relação aos aterros sanitários.
Dos 417 municípios baianos cerca de 40 possuem aterros sanitários devidamente
instalados. Os demais ainda utilizam os lixões que agora estão proibidos legalmente.


De acordo com Luiz Carlos Suíca Lima, coordenador do Departamento Jurídico do
Sindilimp-BA, "limpeza urbana deve ser tratada como prioridade e encarada como
questão de saúde pública e defesa do meio ambiente. Depositar o lixo urbano em
lixões é um atentado que deve ser combatido pela sociedade, pois o impacto de
resíduos sólidos não tratados é muito sério. Um deles é o chorume, líquido
resultante da decomposição do lixo orgânico. Vamos fazer um dossiê da situação da
limpeza urbana na Bahia e divulgá-lo amplamente para que os péssimos gestores sejam
cobrados".


O sindicalista destaca que a falta de tratamento pode poluir os mananciais hídricos
e outros problemas para o meio ambiente e a saúde pública. "Além de cuidar dos
aterros sanitários, o poder público deve investir na educação da popular, incentivar
a reciclagem e estimular a defesa do meio ambiente", disse.


Para Luiz Carlos Suíca é fundamental que a nova lei acabe com a irresponsabilidade
administrativa e que os gestores públicos acabem com os lixões. "Sabemos que no
Brasil existem leis que pegam e leis que não pegam. No papel a lei é ótima e
representa um grande avanço, porém, também temos ciência, que é a nossa luta que faz
a lei pegar. A Fetralimp-BA e o Sindilimp-BA colocam-se como voluntários nas
campanhas que deverão ser feitas para a fiscalização, implementação da lei e para
que ela não seja colocada de lado como tantas outras boas no papel e que não saíram
dele".


Luiz Carlos Suíca finaliza afirmando que "os municípios da Bahia, em especial
Salvador e região metropolitana, devem realizar licitações transparentes para que a
sociedade não seja onerada e o serviço tenha o pagamento justo e correto. Outro
aspecto, para nós prioritários, é que haja valorização do trabalhador e o pagamento
de salários justos além de proteção ao trabalho com equipamentos de segurança e
acompanhamento da saúde ocupacional. Limpeza urbana é fundamental para a sociedade e
quem a realiza precisa e deve ser respeitado em todos os seus direitos".
Fonte; Noticia Capital

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