O Wikileaks, que já chamou atenção este ano por publicar imagens de um ataque americano que matou jornalistas iraquianos e um fotógrafo da Reuters, divulgou o "Diário de Guerra no Afeganistão", uma coleção de mais de 91 mil documentos militares confidenciais sobre a guerra naquele país. O feito é considerado uma vitória para o jornalismo, embora tenha sido criticado "como um ato irresponsável que põe em risco a vida de soldados americanos".
O governo americano condenou o vazamento de informação, argumentando que ele põe em risco a segurança nacional. Segundo o jornal The Guardian, o ministro de segurança do Reino Unido disse que o vazamento é preocupante: "os sistemas militares devem ser seguros, pois a vida das pessoas está em jogo". O New York Times cita um memorando da Casa Branca dizendo que o "WikiLeaks não é uma fonte de notícias objetiva, mas uma organização que se opõe à política dos EUA no Afeganistão".
No entanto, muitos elogiaram o vazamento como uma vitória para o jornalismo investigativo. Outros estão mais impressionados com a forma de fazer jornalismo do WikiLeaks: a informação obtida é resultado da colaboração massiva de pessoas que revelam informações anonimamente. Os dados são logo publicados em seu formato original, sem grandes edições. Jay Rosen, professor da Universidade de Nova York, classifica o WikiLeaks como a "primeira organização de notícias apátrida", fora do alcance de restrições governamentais.
Independentemente do nome dado a esse tipo de jornalismo, o WikiLeaks conseguiu gerar uma cobertura considerável do tema na imprensa internacional. Alexis Madrigal, do Atlantic, descreve a fórmula assim: "o site, misterioso, fornece dados brutos; os jornais fornecem contexto, confirmação, análise e distribuição.
Fonte; Knight Center for journalism
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