quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O amor

Peço licença aos meus leitores para falar hoje sobre o Amor:




O amor.

Depois de um tempo vc percebe a diferença.

Claro, depois de muitas cabeçadas tb, óbvio!!!

Que graça teria viver sem as suas devidas e bem dadas cabeçadas?

Em pleno século 21, em uma sociedade dita desenvolvida, um mundo globalizado, com pessoas conectadas, com acesso a todo tipo de informação e possibilidades de comunicação... as pessoas ainda tem dificuldade de falar aquilo que sentem.

Surreal, pense grande, pense global.

Saímos, bebemos, comemos, viajamos, estudamos, enfrentamos os mais diversos desafios, dia após dia e no entanto não sabemos lidar com o que sentimos.

E com certeza, o maior dos temores da HUMANIDADE, não é a dor, não é o fracasso, não são as guerras, a crise dos alimentos, o mercado financeiro, a morte, a frustração, a solidão...

O maior dos temores da humanidade é o sentimento de amor.

Aprendi, hoje tenho a nítida e completa compreensão do que é o amor.

As pessoas confundem, sexo, paixão, desejo, medo da solidão... com amor.

Mas a sua real percepção e concepção foge do que muitas pessoas já sentiram ou conhecem.

O amor não é tragédia, o amor não deve ser dor, sentir amor, não deve ser motivo de vergonha.

O amor nada cobra, o amor deseja o bem, o amor guarda, cativa, protege e torce.

Amar uma pessoa, sobre tudo, é desejar-lhe a felicidade, é querer que tudo dê certo.

Não o amor obsessivo, aquele que prende, que vigia, que implora! Não!

O amor é doce, aquece e não queima, amar por vezes, é abrir mão de si mesmo por aquele que ama.

Amar é querer estar junto, mesmo que em silêncio.

Amar é ver o mundo de uma outra forma, a forma como o outro veria.

Amar é ver algo e lembrar daquele que ama, e querer que tivesse junto para compartilhar, mas com os olhos do coração, vc sente que a pessoa está lá.

Temos vergonha de dizer: - Eu te amo.

Em uma relação, esperamos o outro dizer que nos ama, para dizer tb.

Em uma relação, quando dizemos eu te amo, esperamos um eu te amo tb.

Amar por um momento, é ser egoísta: - hei, escuta, eu te amo, mas agora o que vc vai fazer com isso é um problema seu!

Temos vergonha, de dizer, de doar-se ao outro, mesmo que por um momento, quem ama diz e faz, sem esperar nada em troca.

Não temos vergonha de matar, roubar, trair, se embebedar, fazer sexo casual, sonegar, invejar, odiar, não respeitar as leis de transito (?hahaha), cobiçar o alheio... Não temos vergonha de tantas coisas feias... e pq ter vergonha do amor, que é um sentimento belo e generoso?

As vezes me parece que vivemos em uma sociedade de princípios invertidos, onde quem faz sexo casual é o bom, quem sonega é o esperto, quem se embebada é o gente boa, quem odeia é o sincero ...

E quem ama, é o babaca.

Tudo errado.

Sinceramente, dos fardos que carrego na minha vida, não será o amor um deles.

Pois o vejo, como uma dádiva, um presente, um sentimento nobre, que como eu disse inicialmente, poucos têm a real concepção e sorte e oportunidade de tê-lo e vivê-lo.

Não combino com a condição de sofredora, de mártir, de incompreendida... não pelo amor.

Por isso, AMO, MUITO. Poucos e bons amigos, que me despeço ao telefone dizendo: - te amo.

Por isso, AMO, MUITO. Minha mãe, meu pai. Digo: - te amo.

Por isso, AMO, MUITO...

Entregar-se - amor.

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