A secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, destacou, em sua participação, a importância do Programa Cultura Viva, criado em 2004 pelo Ministério da Cultura, que tem como ação principal os Pontos de Cultura. “Desde que foi criado, o Programa sempre buscou fazer a conexão entre Cultura, Comunicação e Desenvolvimento”, afirmou a secretária no início de sua fala. Segundo ela, o Cultura Viva favorece o exercício da Comunicação como um direito. “A comunicação é uma ação estruturante do Programa”, emendou.
“Vivemos em uma época em que a informação tornou-se tão vital para o homem que passou a integrar o arcabouço de seus direitos fundamentais”, lembrou Márcia Rollemberg, acrescentando que “o avanço tecnológico teve profundos reflexos sociais e históricos, pois, além das possibilidades de troca de informações e de interação, onde todos podem se comunicar com todos, a internet tornou-se um espaço privilegiado para a promoção do emponderamento e do ativismo social”.
De acordo com a secretária, não apenas a internet, mas também as rádios e televisões comunitárias e a publicações alternativas, foram fundamentais como mediadores de práticas que possibilitam a difusão e o acesso aos conhecimentos gerados local e globalmente, bem como o acesso à diversidade cultural. Mas ela destacou ainda a importância da comunicação nos processos presenciais – sejam nas comunidades indígenas ou num grupo de jovens. “A comunicação, o diálogo, potencializa e integra as comunidades culturais”, frisou Márcia Rollemberg.
“Essas práticas são cada vez mais necessárias à cidadania do nosso século, e elas estão na base do Programa Cultura Viva, que é concebido como uma rede orgânica de criação e gestão cultural, mediada pelos Pontos de Cultura. E isto passa, em primeiro lugar, pelo reconhecimento do indivíduo como um talento e sujeito de sua própria história”. Conforme a secretária, em lugar de determinar ações e condutas, o Programa estimula a criatividade e potencializa desejos, criando um ambiente propício ao reconhecimento da importância da cultura produzida em cada localidade.
Pontos de Cultura e Comunicação
“E articulando os Pontos de Cultura, existem 29 Pontões de Cultura que têm entre as suas atribuições as de criar mecanismos de distribuição, comercialização e difusão dos produtos culturais produzidos pelos Pontos de Cultura”. De acordo com a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Minc, muitos desses produtos incluem a criação de um sistema de comunicação próprio a cada Ponto de Cultura como o registro audiovisual das atividades e até a produção de programas de rádio ou televisão.
Entre as ações de fomento à produção audiovisual dos Pontos de Cultura, Márcia Rollemberg, citou ainda a parceria do MinC com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, cuja Escola de Comunicação criou, em 2010, o Laboratório Cultura Viva. O projeto, que tem ênfase na difusão, formação, pesquisa e experimentação multimídia, criou uma plataforma eletrônica que abriga e difunde material audiovisual gerado pelos Pontos, a partir de projetos selecionados e financiados por meio de edital público.
Segundo ela, esse projeto absorveu duas experiências anteriores que foram os programas de TV Cultura Ponto a Ponto, desenvolvido pela TV Roquete Pinto, e o Ponto Brasil, produzido e exibido pela TV Brasil. Esses dois programas tinham como foco as experiências dos Pontos de Cultura. O primeiro produziu 26 documentários de 26 minutos, que estão disponíveis na plataforma e podem ser exibidos por TVs comunitárias.
Em relação ao tópico “Desenvolvimento”, Márcia Rollemberg frisou que tudo que ela apresentou demonstra o quanto a cultura pode contribuir para que ela aconteca. “Primeiramente, porque as culturas estabelecem as relações entre as pessoas e sua sociedade e condicionam seu comportamento. E, em segundo lugar, porque a cultura tem uma dimensão econômica que deve ser fortalecida, inclusive na área da produção e difusão de conteúdos”, finalizou.
(Redação: Heli Espíndola, Comunicação/SCDC)
(Fotos: Juliana Mucury, Comunicação/SCDC)
(Fotos: Juliana Mucury, Comunicação/SCDC)
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