O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MinC) inaugura no dia 30 de junho, quinta-feira, às 17 horas,em sua sede no Rio de Janeiro (Rua Catete, 179) a exposição da Sala do Artista Popular A céu aberto: a louça de Coqueiros, com venda de louças artesanais produzidas em Coqueiros, bairro periférico de Maragogipe (BA). A mostra, que conta com o apoio da Caixa Econômica Federal e parceria do Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, ficará em cartaz até o dia 7 de agosto, com entrada franca.
Situada entre o mangue e o rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, Coqueiros possui a pesca como uma de suas atividades tradicionais, exercida não somente por homens, mas também por mulheres no ofício de marisqueiras. Mas, além da habilidade com a pesca, elas são especialmente reconhecidas pelo talento das louceiras do lugar. Trabalhando quase sempre à vista de todos, sentadas na soleira das portas de suas casas de trabalho, mulheres burnem suas louças, colocam o barro para secar ou exibem a louça pronta na calçada, à espera de algum comprador.
Em Coqueiros, há duas localidades onde se concentram as ceramistas: a Rua das Palmeiras, onde mora, aos 90 anos de idade, Bernardina Pereira da Silva, a dona Cadu, que tornou reconhecida a cerâmica que se faz em Coqueiros participando de exposições organizadas pelo Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, em Salvador, angariando clientes; e a Fazenda do Rosário, cuja ceramista mais velha é Josefa de Jesus França, conhecida como dona Zefa, referência de muitas mulheres. No total, entre os cerca de 50 ceramistas do distrito, existem dois homens.
CNFCP
(Texto: Marcia shoo, Ascom, CNFCP)
(Fotos: Divulgação, CNFCP)
(Fotos: Divulgação, CNFCP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário